10 de julho de 2020

Vídeo Playlist: Playlist: Pequenas agências e a Pandemia




Está mais do que na hora de dar voz às pequenas e médias agências.

Afinal, essa é a maioria das agências brasileiras, não é mesmo?

Agências que não pertendem a holdings internacionais. Agências independentes que têm muito a compartilhar nesse momento tão delicado pelo qual estamos passando.

Pois o conteúdo está aí: uma série de entrevistas em vídeo com líderes de pequenas agências onde contam como estão lidando com os desafios da pandemia.

Tem muita coisa interessante rolando por aí.

Aperte o play e assista.

3 de julho de 2020

Segundo dados da Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro), o mercado brasileiro movimenta anualmente cerca de 35 bilhões de reais, é composto por mais de 3.500 empresas, e gera mais de 40 mil empregos diretos.

Ou gerava. Em virtude da pandemia, muitas agências já reduziram os seus quadros ou pelo menos estão colocando em prática novos arranjos para controlar os custos com pessoal: redução de jornada com a devida redução de salários, implantação de banco de horas etc.

A gente fala em crise em virtude da pandemia, mas é sempre bom lembrar que o mercado de agências já estava em crise muito antes disso tudo começar. Precarização do trabalho via pejotização, jornadas excessivas que já não são mais romantizadas ou aceitas pelas novas gerações e pelos que já trabalham há tempos nesse ambiente também. Ambientes tóxicos, assédio, enfim, o mercado já vinha há muito precisando de um freio de arrumação.

Grandes agências ou pequenas agências, quem tem a resposta?


Enquanto isso, estão disponíveis nos veículos do trade inúmeras entrevistas e artigos com depoimentos de profissionais e CEOs de grandes agências. A impressão que dá é que as coisas estão se ajeitando e que está tudo correndo relativamente bem. Será?

Eu tenho preferido “ler o mercado” por um outro caminho. Venho conversando com os pequenos empresários para saber como estão lidando com tudo isso e como enxergam o mercado atual e futuro. Procuro com isso dar também voz a essas empresas e aprender com elas. Afinal, eu acredito que são elas que vão acabar “comendo pelas beiradas” e definindo muita coisa para o futuro das agências.

Na mais recente dessas entrevistas você vai ver uma aula de empreendorismo e gestão de clientes e equipe quando se trabalha remotamente. Conversei com a Deborah Katz, diretora da Katz Comunica. Ela revelou seu processo de trabalho e como se dá a relação com os clientes à distância. Tem até dicas de como usar o Whatsapp tornando-o um aliado e não um inimigo da organização!

Você quer trabalhar por conta própria? Já está empreendendo?


Bom, tem uma novidade que acho que você vai gostar: a Deborah Katz está abrindo inscrições para um programa de mentoria que promete “entregar o ouro” para quem já tem ou quer abrir o seu negócio na área de comunicação. Tudo para superar aqueles importantes desafios estruturais de um negócio.

O programa começa dia 9/7. IMPORTANTE: o investimento é R$ 2.000, mas negociamos um baita desconto de 25% para os meus seguidores! Clica neste link para informações mais detalhadas sobre o programa.

Vamos?

1 de junho de 2020

Jobs Para Ouvir

Adoro ouvir podcasts. Muito porque eles me permitem realmente “mobilidade”. Posso cozinhar e ouvir. Posso arrumar a casa enquanto ouço. Ouvir podcasts me dá a mesma sensação de quando eu ouvia rádio: sinto que tenho companhia.

Como sou da área de comunicação/publicidade, entram no meu radar podcasts que apresentam novos olhares e pautas não discutidas pelos veículos do trade ou que agregam outras vozes à conversa.

É verdade que nossa indústria tem discutido pautas como inclusão, diversidade, etarismo e ativismo. Mas isso muitas vezes vem à reboque da promoção das agências ou empresas que querem apresentar o que têm feito para sanar determinados problemas. Quem não quer ficar bem na fita?

Discussões desse tipo ganham contornos mais interessantes quando emergem de pessoas ou grupos não vinculados a agências (ou grupos de profissionais de agência que formam uma entidade independente para isso). E quando trazem ao debate pessoas que não estão necessariamente nos holofotes e estão menos comprometidos com a entrega de uma mensagem “chapa branca”.

Hoje quero recomendar dois podcasts que preenchem esses requisitos:

Job pra Ontem

Comandado pelas publicitárias Laura Florence e Camila Moletta, da consultoria MORE GRLS.

O formato do podcast é muito legal: o assunto a ser debatido é um job que, como bem diz o nome do podcast, é urgente. O papo com os convidados é um brainstorming. No final do episódio temos a entrega, isto é, propostas de como resolver o problema.

Na semana passada foi ao ar o primeiro episódio.


Propaganda não é só isso aí

Apresentado pelo publicitário Lucas Schuch, que vem realizando estudos sobre as mudanças na indústria da comunicação e seus problemas. Ele traz para a roda lideranças que têm como propósito a transformação do nosso mercado. Lucas inicia o podcast com uma apresentação do tema em questão, onde levanta os questionamentos principais. Depois conduz o papo com aquelas perguntas que não querem calar para assuntos em que geralmente nos calamos, como: relações de trabalho, modelos de remuneração, porque jovens não querem trabalhar em agências, e muito mais.

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Se você conhece outros podcasts legais que discutem os assuntos do nosso mercado com esse olhar diferenciado, me manda esse job?

24 de maio de 2020

Pequenas Agências e a Pandemia

A maioria das agências brasileiras é pequena ou média. No entanto, os veículos especializados publicam exaustivamente matérias em que os protagonistas pertencem a grandes grupos internacionais ou agências grandes.

Embora, certamente, essas pessoas tenham muito a dizer, há outras vozes nesse nosso país.

Agências independentes, que já nasceram no digital ou que viraram a chave há algum tempo. Líderes que enxergam o negócio de forma sistêmica. E um monte de outras coisas interessantes e que fazem parte do que chamamos de mercado de comunicação.

É hora de dar voz a essas empresas. É hora de compartilhar suas experiências nesse momento tão delicado pelo qual estamos passando.

Por isso, arregacei as mangas e estou produzindo uma série em vídeo chamada Pequenas Agências e a Pandemia. 

Se você, assim como eu, quer saber como as pequenas agências estão lidando com tudo isso, é só dar o play e curtir a playlist !

18 de maio de 2020

Liderança e Psicanálise - Entrevista Com Haendel Motta



Haendel Motta é mestre em psicologia clínica. Em certo momento da vida seu interesse se voltou para o mundo corporativo. Seu olhar psicanalítico sobre liderança chamou minha atenção e há algum tempo venho acompanhando o conteúdo que produz no LinkedIn.

Esse mês, ele lançou o e-book “4 Conceitos da Psicanálise Para o Mundo Corporativo”. onde discorre sobre os temas liderança, motivação e modelo mental. Um prato cheio para quem quer se aprofundar nesses assuntos.

Nesta entrevista exclusiva para o blog, Haeldel nos fala um pouco mais sobre os conceitos abordados no livro. Espero que você goste e aproveite esse conteúdo.

Katia Viola - Haendel, começando pelo começo. Por que você, enquanto psicanalista, começou a se interessar pelas questões ligadas à liderança no meio corporativo?

Haeldel Motta - Primeiro, muito obrigado pelo convite para a entrevista. Sim, sou psicólogo de formação, com especialização e mestrado em psicanálise, então uma carreira voltada para Freud e Lacan seria o destino provável. Mas, em 2007, passo no concurso para psicólogo da Marinha, e isso com certeza muda as peças de lugar. Durante o curso de formação há um módulo de Liderança, com conteúdos que até então eu não tinha notícia, e meu interesse pelo tema vai nas alturas.

Ao mesmo tempo em que vou ganhando experiência clínica no sistema de saúde da Marinha, passo a chefiar equipes. Com isso, procuro cada vez mais leituras de Drucker, Jim Collins, entre outros, ah, e de uma autora brasileira excelente, Cecília Bergamini. Bom, daí começo a perceber que liderança e gestão de pessoas habitam na interseção entre os cursos de Administração e Psicologia.

Por outro lado, reparo que muitas vezes temas complexos da psicologia chegam de modo simplificado na biblioteca corporativa. Então, praticamente me dou essa missão de contribuir para os estudos de liderança através do olhar da psicanálise. Realizo pesquisas e encontro poucos autores que já se propuseram a isso, basicamente dois: Kets de Vries e Laurent Lapierre. Passo a produzir e publicar meus próprios artigos. 

Depois de um tempo – e muito por conta do incentivo que recebo cada vez que dou uma palestra sobre isso – resolvo publicar o e-book, que disponibilizo hoje gratuitamente. 

KV - Podemos concluir (aproveitando a provocação do André Sousa no prefácio do seu e-book) que dá para combinar Lacan com Drucker...

HM - Olha, o momento em que vivemos é justamente esse, o de 'conectar pontos', então te digo que a conexão não está lá dada, mas o trabalho de construir essas pontes é possível sim e totalmente instigante pra mim.

KV - À propósito, “liderança” tem sido uma palavra muito ouvida nesses tempos de pandemia. Não há um dia em que líderes de países ao redor do mundo não sejam comparados entre si e avaliados nesse quesito. Exige-se também das lideranças empresariais atitudes, decisões, e principalmente acertos. Na sua opinião, liderança se aprende ou um líder já nasce pronto?

HM - Acho que o desafio é justamente entender que as ferramentas de liderança que você pode aprender nos livros não podem ficar descoladas da pessoa que você é, com toda sua história e repertório de valores. Do contrário, podemos acabar soando artificiais, demonstrando contradições entre o que falamos e fazemos no dia a dia, o que compromete a credibilidade. 

Outra questão é que livros e treinamentos de liderança podem ir de abordagens ricas e bem fundamentadas até outras apenas românticas, simplórias ou, pior, que não fazem diferença na prática. 

O ponto em que sempre insisto é que a psicanálise pode contribuir para liderança não no sentido de oferecer novas ferramentas (já estamos na verdade saturados com tantas ferramentas), a questão principal é encurtar a distância entre a prática e o discurso, encorajando a pessoa a trazer para a tona seu próprio posicionamento e estilo sobre o que seja liderar – isso libera a pessoa para criar caminhos, ao invés de apenas investir em cumprir intermináveis listas de 10 hábitos, 5 passos, dentre outros modismos e buzzwords corporativos.

KV- Já que estamos falando do mundo corporativo, eu não poderia deixar de abordar o conceito de Inteligência Emocional. Desde que Daniel Goleman lançou um livro sobre o assunto, na década de 1990, o tema virou objeto de outros livros, palestras, treinamentos etc. No seu e-book você menciona que a IE explora pouco a questão do exame e aprimoramento de nossa visão de mundo. Poderia discorrer melhor sobre isso?

HM - Um ponto que me parece ignorado nos estudos da IE é o que Freud chamou de "repetições de destino", que tem a ver com aquela impressão de trocar de chefe ou emprego e, lá na frente, sentir que você está repetindo com outras pessoas os mesmos antigos impasses e situações desgastantes. 

A IE foca em identificar nossas emoções através do self awareness, de modo a entender e lidar melhor com elas, ok, mas isso pode ser enganoso por dois motivos: o primeiro é que nossa percepção sobre nós mesmos é limitada, e a Janela de Johari é perfeita para apontar isso ao falar em 'pontos cegos' do indivíduo. 

A outra questão é que muitos procuram na IE uma certa técnica adaptativa para lidar com as emoções, mas sem atentar para a questão da visão de mundo, ou mindset, que orienta a estrutura repertorial do sujeito e, consequentemente, seus padrões repetitivos de conduta. Sem atentar para isso, podemos ficar apenas patinando na superfície sem considerar a responsabilidade sobre o que nos faz repetir. 

Outro dia recebi essa piadinha no whatsapp: "se você não faz terapia, seu ex-marido volta no corpo de outra pessoa", rs. Até hoje não vi – mas pode ser falta de pesquisa minha – a IE abordar esse assunto.

KV - Para mim, um dos conceitos mais interessantes abordados no seu livro é o da “via de pôr” (conhecimento) e “via de retirar” (eliminação de mindsets fixos). Para aprofundarmos melhor esse assunto: até que ponto adquirir conhecimento é importante para quem deseja se tornar um bom líder? E por que a coragem de jogar fora o que nos amarra pode contribuir para o nosso crescimento como pessoa e como profissional em posição de liderança
?

HM - Esse ponto é chave, e acho mesmo que é uma das principais contribuições que a psicanálise pode trazer para líderes. Em parte, já respondi essa pergunta quando disse que não se trata apenas de copiar-colar ferramentas de liderança, mas extrair de si um entendimento próprio, um estilo e um manejo autoral sobre elas. 

É Freud que, citando Leonardo da Vinci, traz essa comparação entre a pintura, que é uma 'via de pôr' tinta sobre a tela branca, em relação à escultura, que seria uma 'via de retirar' lascas da pedra bruta. 

Acho que essa coragem para retirar – um estilo próprio, uma conduta autoral, uma manobra ousada que você acredita – é bem diferente de simplesmente ampliar sua bagagem de conhecimento e depois não conseguir desdobrá-la em efeitos práticos e, principalmente, resultados. 

Aliás, defino liderança como trazer resultados além do que o poder de mando do cargo é capaz de produzir. Sem resultados, tudo pode não passar de romantismo lideracional, e a via de pôr pode produzir isso: alguém que anotou tudo no curso de liderança que fez, mas não se empenhou em casar o que recebeu com aquilo que de fato acredita – caso se empenhe, certamente irá jogar muita coisa fora. 

Também podemos situar a diferença entre 'treinamento' e 'desenvolvimento' de líderes: o primeiro sugere aderência a um modelo a seguir, via de pôr; o segundo fala de alavancar potenciais inerentes, via de retirar.
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Bom, depois dessa verdadeira aula e de todas as incríveis referências citadas pelo Haendel Motta (todas com o hiperlink para facilitar a consulta), só nos resta aproveitar o conteúdo para nos aprimorarmos profissionalmente e pessoalmente. Começando pelo e-book  4 Conceitos da Psicanálise Para o Mundo Corporativo , que está disponível gratuitamente.

Vamos começar já?

15 de maio de 2020


Te convido a assistir esta entrevista que fiz com a Bia Oliveira, sócia-diretora da Agência Flex. Falamos sobre novos modos de encarar o trabalho, habilidades adquiridas pelas novas demandas dos clientes, união de equipe, empatia e responsabilidade.

O vídeo faz parte de uma série de entrevistas com líderes de pequenas agências brasileiras.

A maioria das agências brasileiras é pequena ou média.

São independentes, não pertencem a grandes grupos internacionais

É hora de dar voz a essas empresas.

É hora de compartilhar suas experiências nesse momento tão delicado pelo qual estamos passando.

 

Quer assistir aos outros vídeos da série?

Tássia Di Carvalho, Agência Is: https://youtu.be/_ZYRaDCgHs4 

Derick Lemos, Agência Métrica: https://youtu.be/AtXkatB3Hng

13 de maio de 2020

Vídeo - Agência Consegue Manter Equipe e Quer Compartilhar Seus Processos


Nem só de grandes agências vive o nosso Brasil. Pelo contrário, a maioria das agências brasileiras é pequena ou média. E são independentes, não pertencem a holdings.

É hora de dar voz a essas empresas.

É hora de compartilhar suas experiências nesse momento tão delicado pelo qual estamos passando.

Nesse bate-papo com o sócio-diretor da Agência Métrica, Derick Lemos, vamos conhecer o momento da agência e seus planos para ajudar outras empresas a melhor gerir seus processos.

É só dar o play para assistir.