Momentos
difíceis como os ataques terroristas que ocorreram na última sexta-feira, em
Paris, deixaram o mundo perplexo. Mas a reação da indústria da
propaganda e do marketing foi rápida em se posicionar através das redes
sociais, seja expressando tristeza, oferecendo ajuda ou se solidarizando ao
povo francês.
Para dar
alguns exemplos:


Mesmo marcas
não intimamente ligadas à cultura francesa se posicionaram a respeito. As cores
da bandeira da França tomaram o Facebook, que ofereceu um filtro para que os
usuários colorissem as fotos de seus perfis, e também disponibilizou o seu
Safety Check, que propiciava aos usuários em Paris marcarem-se como “a salvo”
dos atentados.
A Amazon também
se manifestou, colocando em sua homepage uma foto da bandeira francesa e a
palavra “Solidarite”.
Esses exemplos
demonstram como as marcas podem ser simpáticas a uma causa ou acontecimento, de
forma respeitosa, demonstrando não estar indiferentes ao que se passa no mundo
em que vivem. São marcas que buscam uma oportunidade de diálogo com seus
consumidores, não no sentido “oportunista”, mas de aproximação e engajamento.
Fiquei
pensando nisso quando inevitavelmente comparamos a nossa tragédia particular,
como o desastre ambiental em Mariana, MG – causado pela empresa de mineração
Samarco, que pertence à Vale a à BHP – com a tragédia de proporções mundiais,
como a da França.
Por aqui,
só tive conhecimento da ação do aplicativo de carona paga Uber, que de 16 a 18
de novembro terá a opção "UberÁGUA" para que os usuários de Belo
Horizonte possam doar água e contar com o transporte gratuito da mesma.
Será que as
agências brasileiras não pensaram em algum projeto relevante para seus
clientes? Ou será que pensaram, apresentaram e os anunciantes deliberadamente não
quiseram mexer com o assunto? Fica a dúvida e um certo desapontamento.
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