11 de abril de 2012

Por Que Atendimento Não Reage?

por Paulo Sérgio Quartiermeister - Publicado no M&M em 9/4/2012


Se há alguém injustiçado no mundo da comunicação é atendimento, cuja importância é colocada em xeque há algum tempo. Sim, existem profissionais ruins que deveriam repensar a vida para serem bem-sucedidos em qualquer outra coisa, menos atendimento. Mas incompetentes existem em todo lugar. Inadmissível é questionarem o papel daquele que mais representa o cliente na agência e vice-versa, e o único capaz de integrar, motivar e mobilizar a agência toda. E temperando tudo com os interesses da agência e do cliente. Ou na ordem inversa, como gostariam alguns.
Sem se preocupar em mudar de nome e gritando em alto e bom som que a vida sem atendimento é impossível, o que ainda falta é um atendimento forte e mais unido. O Clube de Criação, o Grupo de Mídia e, mais recentemente, o Grupo de Planejamento são exemplos a ser seguidos, principalmente por se preocuparem em representar suas áreas e de serem maiores que um indivíduo ou pequeno grupo deles.
Infelizmente, depois de várias tentativas de se consolidar o GA (Grupo de Atendimento), hoje ele não tem cara, coração nem endereço. E dificilmente esse cenário será modificado se excelentes profissionais de atendimento – e são muitos mostrando diuturnamente que um ótimo atendimento faz muita diferença – não se mexerem. Sem eles, nenhuma mudança interessante vai acontecer. Somente eles, principalmente os interessados na evolução da espécie, podem dar credibilidade legítima ao movimento e mobilizar muitos, inclusive os mais jovens que os têm como ícones.
E por que o GA revitalizado não começa definindo o perfil ideal do profissional de atendimento? Da formação necessária e saber negociar, ao imprescindível domínio do inglês e ser gestor de projetos, pessoas e crises. Afinal, estar sempre entre as rochas e o oceano não é para qualquer um.
Tradicionalmente, as agências de propaganda são reconhecidas pela sua criação, mídia e planejamento. Deveriam também ser avaliadas pelo seu excelente atendimento. O mercado precisa disso.

Um comentário:

Bia magalhaes disse...

Nossa!!

Quando leio algo do tipo aumenta minha revolta. Sou atendimento a 14 anos e de verdade não me vejo em outra área, tenho isso no sangue..em casa eu não repasso os trabalhos com a empregada: faço follow!!! E disco 0 sempre antes de fazer as ligações...

Sou Atendimento!!! (sempre em caixa alta).

Me cansa ter que defender a classe e ter que mostrar que o Atendimento é sim o cérebro da agência, passa por nós o briefing inicial, a entrega e a gestão do meio do caminho... interpretar e entregar..oferecer, validar, decidir, participar e ir sempre além... As agências seriam muito mais eficientes se o Atendimento fosse mais respeitado como parte pensante e necessária para o bem e não um mal necessário como vejo acontecer...

Parabéns pelo texto...

Bia Magalhães