15 de abril de 2010

Finalista do Aprendiz 3 Dá Curso sobre Atendimento

A Diretora de Atendimento da Energy, Beatriz Queiroz*, irá ministrar o curso Atendimento: The Real Ghost Writers, em Curitiba, no dia 1º de maio.

O objetivo do curso é mostrar aspectos peculiares de uma agência, desde o processo de produção, passando por todas as áreas de uma empresa de propaganda e publicidade, até a apresentação de um case de sucesso, sempre com enfoque no Atendimento Publicitário. O curso tem duração de oito horas.

Mais informações na Runway School: cursos@runwayconcept.com.br ou pelo tel.:41 3049-1904.


(*) Embora não tenha vencido O Aprendiz 3, Beatriz Queiroz foi contratada por Justus após a final. Trabalhou na Young & Rubicam e atualmente exerce a direção de um grupo de contas na Energy, também do Grupo Newcomm.

12 de abril de 2010

Prazo é Coisa Séria

Lendo a edição de abril da Você S/A, me deparo com o excelente artigo de Célia Leão* sobre essa verdadeira "doença" que são os atrasos, ou melhor, sobre os doentes: os atrasadinhos de plantão que acabam por desorganizar o trabalho de vários profissionais. Há uns dias fiz justamente um post sobre esses "ladrões de tempo", portanto o artigo da Célia caiu como uma luva para complementar o raciocínio. Taí:

Abaixo o não deu para fazer!

Como dizia o velho sábio Luiz Gonzaga, “minha vida é andar por este país”. Por causa disso, creio ser conhecida por minha intolerância aos atrasos. Exceção feita às exceções, não costumo perdoar os atrasados — de amigos a médicos, passando por umas tantas noivas que ainda creem que esse hábito horroroso possa ser chique. Conversando com uma amiga dias atrás, ouvi uma frase sobre a qual vale a pena refletir com vocês. Disse ela que “ser profissional não é dizer que não deu para fazer; é avisar antes que não vai dar”.

Quando redijo a coluna, tenho prazos a cumprir e, se porventura não os respeitar, acabo por atrasar o trabalho de todos os profissionais que finalizam meu artigo. Ou seja, desencadeio correrias desnecessárias e comprometo o horário dos outros, que, afinal das contas, nada têm a ver com meus problemas e acabam tendo dificuldades e dores de cabeça por causa de falhas que não são deles! Assim, espero que, de uma vez por todas, não confundamos mais ser assertivo com ser agressivo ou indelicado.

É um prazer trabalhar com quem cumpre o prometido

Assertiva é a pessoa que, ao receber uma solicitação da chefia ou de algum par da equipe, ouve atentamente, analisa seus compromissos e, com objetividade, afirma que a tarefa que está sendo pedida não poderá ser feita no prazo requerido. E negocia um prazo possível. Isso evita expectativas frustradas e os atrasos em cadeia. Também mostra a seus colegas e à sua chefia que estão lidando com um profissional responsável, ciente de suas possibilidades e de suas impossibilidades.

É sempre um prazer conviver ou trabalhar com alguém que, por meio de mínimos gestos, demonstra respeito e apreço por seu tempo, além de jamais minimizar a importância de seu trabalho.

Esse é um dos muitos atributos do ser humano elegante. E as pessoas mais assertivas, mesmo que sem perceber, acabam por ser agentes desse sentimento em seu convívio com pares no escritório e com amigos e demais pessoas que são parte de sua vida. Dê um basta ao “não deu para fazer” no seu dia a dia.
(*) Célia Leão é autora de Boas Maneiras de A a Z (Editora STS) e consultora de etiqueta empresarial.

9 de abril de 2010

Vamos Amarrar Direitinho o Briefing...e Todo o Resto?

Esse artigo da Alessandra Baronni, diretora de Planejamento da Design Absoluto, vai direto ao ponto. Todo trabalho deve ser entendido como um processo, desde a apuração do briefing até a aprovação da campanha. Para que as coisas cheguem a bom termo, é preciso que todas as partes envolvidas trabalhem em parceria.

Parceria: a única forma de sucesso

A parceria entre cliente e agência não é somente ter uma boa relação entre as duas partes – ela, quando bem empregada, é a única forma de sucesso para marcas que atuam em mercados competitivos, onde não existe espaço para projetos medianos ou errados. Ter uma parceria é entender, como um único time, o que precisa ser feito e quais são as fases mais importantes e críticas para cada lado: cliente e agência.

A intenção de uma parceria entre cliente e agência começa com o briefing, peça fundamental que determina o sucesso de um projeto de comunicação. Nele baseia-se todo o trabalho de criação da agência e, para isso, é necessário que o briefing contenha objetivos claros, informações de mercado e concorrência, histórico da marca, mensagem a ser comunicada e um descritivo do público-alvo. Logo após o levantamento das informações, com a reunião de briefing, agência e cliente se unem para selar a parceria e inspirar o trabalho.

Um briefing bem planejado, com riqueza de informações para orientar a criação e assim alcançar os resultados esperados com o trabalho é o que chamamos de processo disciplinado. Isso não significa engessar a criação, estender prazos e muito menos produzir layouts medianos. Processo disciplinado evita o famoso vai-e-vem de projetos, baseados em tentativa e erro que tanto desgasta a sempre discutida relação entre cliente e agência.

No Brasil, design gráfico muitas vezes é tratado como processo coadjuvante na comunicação de uma marca, geralmente liderado no cliente por profissionais sem experiência em comunicação e gerenciamento de imagem de marca.

Entretanto, com o aumento da penetração da TV fechada, o surgimento de serviços digitais de gravações de programas e a democratização do controle remoto, cresce a fragilidade da mídia eletrônica. Em contrapartida, potencializa-se a importância de materiais gráficos na comunicação de uma marca na constante busca pela preferência do consumidor, tornando fundamental que agência e cliente se unam na criação de bons trabalhos.

Outra fase difícil e decisiva dessa relação é a etapa de julgamento das peças de comunicação, quando surge a maior probabilidade de o time voltar a se dividir, e esquecerem da parceria selada na reunião de briefing.

Duas coisas fazem com que o espírito de parceria e respeito fique inalterado até o final do projeto. Primeiro, que a pessoa responsável pela aprovação do trabalho no cliente seja a mesma que liderou a passagem do briefing para a agência. Não tem nada pior para uma agência em uma reunião de apresentação de caminhos criativos do que aparecer uma pessoa nova, com novas informações, opiniões e direções, depois de todo o processo de planejamento e criação despendidos no projeto.

Outra coisa é que a agência esteja aberta a críticas, sugestões e “feedback”, do mesmo modo que não tem nada pior para um cliente do que uma agência que tem o “orgulho criativo” e é inflexível a qualquer tipo de alteração ou ajuste que seja sugerido.

A melhor dica para que o cliente tenha sua marca como top of mind dentro da agência e obtenha o melhor de seu fornecedor refletido nos projetos de comunicação gráfica, independentemente do tamanho do projeto ou da verba de marketing, é: inspire as pessoas com informações relevantes, exale os valores e benefícios de sua marca, desafie a equipe a pensar no seu projeto e, acima de tudo, faça com que a agência se sinta parte do time e nunca um mero fornecedor colocado à prova.


Publicado originalmente no Portal da Propaganda, em 17/4/06.

7 de abril de 2010

Ladrões de Tempo Agem à Luz do Dia e Ficam Presos Durante a Noite

Para o Gestor de Contas, administrar o tempo pode se tornar uma tarefa das mais difíceis. Com raríssimas exceções, nosso trabalho engloba necessariamente a dependência de entrega: de respostas, de tarefas vindas de outros departamentos (mídia, produção, criação), fornecedores, clientes. Depender dos outros dá trabalho? Toma tempo demais?

O problema não é trabalhar muito, mas trabalhar ineficientemente, trabalhar errado, trabalhar apressadamente sem necessidade. Há de haver tempo para que se realize a boa gestão de contas. Mas falta tempo porque há muito trabalho ou porque o tempo nos é roubado descaradamente?

Não precisava ser tão difícil assim gerenciar os projetos da agência se não houvesse gente que acha que trabalha sozinha, que basta fazer a sua parte e o todo se completa como mágica. Pessoas que não percebem (ou fingem que não percebem) que uma coisa se conecta à outra. Agir assim é desrespeitar e/ou subestimar o trabalho alheio.

Trabalhar com ladrões de tempo é viver perigosamente. Vira um exercício de adivinhação, de pressuposto, de infindáveis surpresas (nem sempre boas). Nos deixa tensos além da medida. Nos faz trabalhar horas a mais vendo longa parte de nosso dia ser simplesmente desperdiçada. No final das contas, faz a gente ter que gerenciar o tempo delas também, o que dá munição para discursos retóricos. Já reparou que essa turma adora reclamar que está sendo “muito pressionada” para tirar de si a parte de responsabilidade que lhes cabe em qualquer falha do processo? Então, não se deixe enganar por esse papo furado.

Gestão é zelar pela realização do bom trabalho, por processos que sejam seguidos, pela integração da equipe. Pela entrega do melhor trabalho - conseqüência natural. Brigar por isso é nossa obrigação, não tem nada a ver com pressão pela simples pressão. Prazo é coisa séria. E tempo é dinheiro.

Todo cuidado é pouco. Basta um só “ladrão” e no final todos ficamos presos virando noites e comendo a pizza de sempre.