26 de dezembro de 2012

Livro: Um Presente Bacana Para Seus Clientes… e que Ainda Pode Te Ajudar Na Relação Com Eles

Não raro temos que atender clientes que pouco ou nada entendem do nosso negócio. Calma, isso não é ruim de todo. Pense bem: se o cliente entendesse tudo sobre o trabalho que você e sua agência desenvolvem, não precisaria de você. Se o seu cliente não conhece bem propaganda e comunicação em geral, eduque-o. Apresente a ele o seu mundo e mostre o quanto ele é interessante. Melhor ainda, faça-o comprovar o quanto uma agência é útil para o desenvolvimento de seus negócios.


Há livros que falam sobre o assunto e são muito gostosos de ler. Nada têm de tecnicidades e jargões. Se está em dúvida sobre um presente original para seus clientes neste final de ano, e que ainda poderá se converter num presentão para você e sua agência, que tal incluir na lista um destes aqui?

Fazer Acontecer.com.br – do publicitário Julio Ribeiro. É uma nova edição do livro Fazer Acontecer, agora com 6 capítulos a mais. Um livro cheio de insights maravilhosos e lições de vida e de comunicação. Tem muita coisa sobre a relação agência-cliente que todo cliente deveria saber e toda agência deveria implantar. Para degustar, leia aqui o capítulo O Homem Que Ensinou o Cavalo a Não Comer.

O Fator VDM: Um Guia Antidesastres em Projetos Criativos - do jornalista e gestor de projetos Luis Marcelo Mendes. O livro pretende contribuir para que o leitor possa estabelecer uma cultura projetual comum com seus clientes, que seja boa para todos e que produza bons resultados, afinal, como o próprio autor comenta, “para cada case de sucesso existem mil histórias onde as coisas não foram tão bem, o resultado final não ficou como esperado e a relação com os clientes saiu abalada”. Soa familiar? Pois é. Há duas versões do livro, uma delas para clientes. Você pode dar uma lida nas primeiras páginas no site da Amazon (e-book).

Entenda Propaganda – 101 Perguntas e Respostas Sobre Como Usar o Poder da Propaganda Para Gerar Negócios. Sempre que dou uma folheada nesse livro, penso que todo anunciante deveria lê-lo antes, durante e depois de contratar uma agência de propaganda. Como o próprio título já diz, o livro é todo em forma de perguntas e respostas. Escrito por Júlio Ribeiro e José Eustachio, sócios-diretores da premiada agência Talent. A pergunta-resposta de número 90 é uma das minhas preferidas...claro. Ela fala sobre o papel do Atendimento. Você pode ler aqui.

O Deus da Criação, uma visão teológico-criativa religiosamente publicitária – do publicitário e escritor Adilson Xavier. Seu cliente não precisa ser religioso para curtir esse livro. A proposta, nas palavras de Adilson é “ extrair dos evangelhos princípios básicos de comunicação, não fazer qualquer tipo de pregação religiosa.” Os capítulos do livro estão em forma de “mandamentos”. Para você ter uma ideia da coisa, o oitavo deles é CONFIARÁS. Adilson discorre sobre a importância da confiança, desde a confiança na mensagem que vamos propor até a confiança entre cliente e agência. Veja só esse trecho: (...) Cliente que treme na base abala tanto a confiança da agência quanto a agência que treme na base tende a abalar a confiança do cliente. Cliente que não dá sinais de querer uma relação estável com a agência está claramente apontando para uma auto-instabilidade que inevitavelmente vai afetar a qualidade do trabalho que ele recebe, além de manter a agência em permanente prospecção de possíveis concorrentes mais confiantes e confiáveis.
A lei da reciprocidade é infalível, e Jesus sabia lidar com ela como ninguém. Dando o exemplo, caminhando lado a lado, compartilhando as mesmas experiências de seus discípulos ele obteve sua adesão e fidelidade. Apenas um se perdeu. (...)

E aí, gostou das sugestões?

17 de dezembro de 2012

Livro Sobre Propaganda de Varejo - Você Pode Ganhar Um!


O autor de O Executivo de Contas Publicitárias, Admir Borges, acaba de lançar o livro Propaganda & VarejoLá você encontra informações e conhecimentos úteis sobre a evolução do varejo no Brasil, bem como as formas de comunicação utilizadas para impactar vendas e trabalhar a imagem e reputação das marcas varejistas. Em linguagem clara e dinâmica, o professor Admir nos faz compreender a teoria e a técnica do processo de desenvolvimento das mensagens, além de apresentar os objetivos publicitários nas campanhas do varejo.
O livro é destinado principalmente aos estudantes de administração, marketing, comunicação, design e demais interessados no tema. É também uma importante fonte de referência para professores e profissionais que se interessam ou estão atuando no varejo.
Para saber mais, visite o blog www.propagandaevarejo.blogspot.com
Quer ganhar um exemplar? Pergunte-me como
Envie um email para violak98@yahoo.com até 30/12/2012 mencionando sua campanha favorita do segmento varejo. Nos primeiros dias de janeiro será sorteado um livro entre os participantes. O sortudo receberá seu exemplar no endereço de sua preferência.
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Serviço:
Propaganda & Varejo, de Admir Borges
Editora: Universidade FUMEC
Compras através de pedido por e-mail (a remessa é grátis):  admir.borges@yahoo.com.br ou tem.livros@gmail.com


10 de dezembro de 2012

Um Exercício Para Fazer em Qualquer Lugar


Por Howard Ibach (*) 
(versão Kátia Viola)

Aprender a escrever um brief criativo é mais fácil do que você imagina. (...) Para praticar você só precisa escolher um anúncio que já existe, publicado em qualquer meio de comunicação. Se você está lendo uma revista e vê um anúncio que gosta, poderá treinar desconstruindo esse anúncio.

Comece pela single-minded proposition (SMP), que é a coisa mais difícil de escrever quando fazemos um brief, mas a mais fácil quando a gente o faz de trás para frente – que é do que se trata esse exercício.

Pergunte a você mesmo: qual é principal coisa que esse anúncio está tentando me dizer? Se não conseguir descobrir, não se abale. Pode ser que o anúncio não funcione. Ou que a SMP esteja confusa. Ou que o anúncio esteja tentando dizer tantas coisas de uma só vez que acaba por não comunicar nada. Mas se você conseguir identificá-la, então provavelmente esse anúncio funciona. Ou pelo menos tem potencial para isso.

Em seguida, tente determinar para quem, especificamente, o anúncio é direcionado. Há uma grande chance de que você faça parte da audiência desejada se estiver lendo o anúncio numa revista que comprou, e não uma revista que você pegou no consultório do dentista para matar o tempo. Pode ser que você precise ler um pouco do texto do anúncio para descobrir qual é o target, mas o título, o layout e a tagline (se houver) devem ser suficientes para te dar a pista.

Depois, veja se consegue entender o que prova que você deve acreditar na SMP. Em outras palavras, a justificativa. E o que isso significa? Significa que os benefícios estão claros. Eles estão?

OK, agora pergunte a si mesmo: como supostamente eu deveria me sentir a respeito desse produto ou serviço depois de ter lido o anúncio? Se o anúncio funciona, você deve sentir alguma coisa. Ele deve tocar sua emoção de alguma forma. Não é preciso que você chore ou caia da cadeira de tanto rir. Basta que algo tenha ressonância, que conecte o produto ou serviço a um sentimento. Mesmo que seja de forma sutil. Aí ele estará funcionando.

Vamos mais fundo aqui tentando o seguinte: você consegue imaginar qual o tom de voz do anúncio? Se você tivesse que listar algumas palavras ou frases para descrevê-lo, como seria?

Nessa altura você deve estar assentindo com a cabeça e achando que já viu isso antes, que tudo soa muito familiar. Nada mirabolante. Mamão com açúcar. Você fez esse pequeno exercício em muito menos tempo do que precisou para ler esse texto até aqui. E pode até fazê-lo mentalmente.

É aí onde quero chegar. Você pode fazê-lo em qualquer lugar. Então considere essa uma maneira de reforçar o que aprendeu. Ou como um aquecimento. Rapidamente isso funcionará como musculação para a memória. Seu cérebro vai focar e bingo!

Não estou dizendo que escrever um brief é fácil. Não é. Mas se você é um profissional de comunicação, esse é o tipo de coisa com que vai ter de lidar todos os dias. Portanto, agora você já tem um método para praticar e que não exige tanto esforço.

Faça esse exercício todos os dias. Faça-o uma vez por semana. Faça-o de vez em quando. Mas inclua-o como parte de sua rotina. Os criativos vão te agradecer.

Vamos lá, desconstrua.

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(*) Howard Ibach é diretor criativo da Ibach Direct Creative e autor do livro How To Write An Inspired Creative Brief.

3 de dezembro de 2012

Introversão x Extroversão

O melhor livro que li esse ano foi O Poder dos Quietos – como tímidos e introvertidos podem mudar um mundo que não para de falar, da norteamericana Susan Cain. O título parece ter sido tirado de uma estante de autoajuda, mas aviso já: a única coisa que você não encontrará nele são conselhos, dicas, fórmulas. Muito menos um enaltecimento desmedido de quem prefere o sossego. Também é bom esclarecer que o termo “quietos” é usado, na verdade, para descrever as pessoas de temperamento introvertido.

Susan Cain entrevistou pessoas e coletou casos fascinantes, inclusive históricos sobre a introversão. Aponta o fato de que no mundo atual as escolas, empresas e instituições religiosas são projetadas para extrovertidos e que, em virtude disso, os introvertidos têm sido subestimados e mal-aproveitados em suas potencialidades. Também faz um apanhado minucioso das pesquisas sobre a introversão já realizadas e também em andamento nas diversas áreas do conhecimento, da psicologia comportamental à neurociência. Procura responder a perguntas que estão na base dessas pesquisas. Afinal, nossa preferência pela extroversão é a ordem natural das coisas ou é socialmente determinada? Por que algumas pessoas são falantes e outras medem as palavras? Por que algumas pessoas se enterram no trabalho e outras organizam festas no escritório? Por que algumas pessoas sentem-se confortáveis em posição de autoridade e outras preferem não liderar nem serem lideradas? Introvertidos podem ser líderes?

E, last but not least, não confunda introversão com timidez. Não sabe a diferença? Pois a própria Susan Cain explica: a timidez é inerentemente dolorosa; a introversão, não. Timidez é o medo da desaprovação social e humilhação, enquanto a introversão é como você responde a estímulos, sendo que a preferência se dá geralmente por ambientes que não sejam "estimulantes demais". Também não pense que as pessoas são 100% introvertidas ou 100% extrovertidas. Há muitas nuances a ser entendidas e bem exploradas.

A ideia é mostrar que embora a gente viva nesse estado de “gritaria” permanente, a convivência de extrovertidos e introvertidos implicará em um mundo mais saudável economicamente e socialmente.

Quer saber mais sobre esse assunto ouvindo a própria autora? Dê uma olhada na palestra da Susan Cain no TED:



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P.S. me dei conta de que há muitos introvertidos trabalhando na área de Atendimento (incluindo a autora desse post). Pode ser porque nosso trabalho requer atuação nos bastidores e não sob os holofotes. Ficar muito na nossa, ouvir muito e falar pouco. Faz sentido que pessoas que se sintam confortáveis assim achem seu lugar na área de Atendimento, não?