16 de dezembro de 2007

E o Prêmio Vai Para...

Atendimentos Premiados em 2007

Antes de dar a lista dos premiados e contar um pouco sobre eles, vale de novo registrar que em 2007 importantes ajustes foram realizados, a fim de corrigir distorções entre as funções. Tanto no prêmio da APP como no Caboré, o Atendimento foi finalmente separado do Planejamento (leia post sobre o assunto). O mesmo ainda não aconteceu no Prêmio ABMP, da Associação Baiana do Mercado Publicitário. Já no Destaque Profissional da ABP o Atendimento está separado do Planejamento, mas em compensação vemos na mesma categoria Planejamento e Pesquisa. Vamos torcer para que em 2008 isso também seja acertado. Planejamento é planejamento, pesquisa é pesquisa e atendimento é atendimento, OK?

E vamos à lista dos Atendimentos premiados:

São Paulo

Angelica Armentano de Lima, DPZ – Ela ganhou dois prêmios este ano: Prêmio APP Contribuição Profissional na categoria Profissional de Atendimento e Profissional de Atendimento do Ano, pela Revista About.

Formada em Comunicação, trabalha em publicidade há 25 anos. Na DPZ desde 1995, até então era responsável pela direção geral do Atendimento e Planejamento da agência. Recentemente, foi promovida ao cargo de Diretora de Planejamento e Convergência. Além de sua atuação na publicidade, faz parte também do Comitê Executivo da Núcleo de Comunicação do Lidem – Grupo de Mulheres Líderes Empresariais.


Maria Pestana, DPZ - Prêmio Caboré, promovido pelo Meio & Mensagem.

Formada em Comunicação Visual pela Faculdade Presbiteriana Mackenzie e pós-graduada na School of Visual Arts, de Nova York. Começou a carreira com um estágio no estúdio de Milton Glaser. Em 1989, aos 21 anos, foi contratada pela DPZ para atender Nestlé, Rhodia, Visconti e Águas da Prata. Na agência, onde permanece até hoje, trabalhou com outros clientes do porte de Johnson & Johnson, Itautec, Americanas.com, Parmalat, Ajinomoto, Credicard, Iguatemi, Lacta, Sadia, Itaú Personnalité, Bombril e Museu de Arte Moderna, dentre outros.

Rio de Janeiro

Gabriela Arroyo Ribeiro, NBS - Destaque Profissional 2007 da ABP , promovido pela Associação Brasileira de Propaganda.

Gabriela é graduada em Marketing. Antes de se juntar ao time da NBS, trabalhou na DPZ e no Instituto de Pesquisa GERP, além de ter atuado na campanha política de César Maia em 1992, que foi então eleito prefeito da Cidade do Rio de Janeiro.


Bahia

Leonardo César, Propeg/Salvador - Prêmio ABMP 2007.

Antes de assumir a Diretoria de Atendimento da Propeg no início de 2007, aos 33 anos, Leonardo atuou por 12 anos na Rede Bahia de Comunicação, nas áreas comercial e de marketing.

13 de dezembro de 2007

Atendimento É Função de Todos

Já comentei num outro post que as relações humanas fazem toda a diferença na função de Atendimento. E isso tem implicações nada simplistas. As qualificações profissionais, isto é, onde o profissional estudou e o bom aproveitamento dos cursos que fez, as empresas pelas quais passou etc. são fundamentais para que ele seja admitido num emprego. Entretanto, é o seu relacionamento interpessoal que vai determinar a sua permanência no cargo. Portanto, o modo como você coloca estas qualificações no contexto da sua relação com as pessoas – chefe, subordinados, colegas e clientes – é que vai influenciar sobremaneira a sua carreira.

É certo que o profissional de Atendimento fica em contato constante com o Cliente, mas não podemos nos esquecer que ele também representa uma empresa. E esta empresa deve ter consciência de que a responsabilidade na manutenção de uma conta é da equipe como um todo.

Por exemplo: uma Criação desmotivada a realizar os trabalhos de determinada conta é mortal para a manutenção deste cliente na agência. Por mais que o Atendimento seja ótimo, não há como contornar constantes descumprimentos de prazos, campanhas que desrespeitam o briefing (sem um argumento justificável) etc. Da mesma forma, a Mídia precisa também estar envolvida com a conta, apta a propor sempre os melhores caminhos e antecipar-se quando as oportunidades surgem. E o presidente da Agência deve procurar marcar presença em algumas ocasiões para que o cliente não tenha a sensação de que a presidência só se envolve quando precisa ganhar a conta, mas desaparece quando já a conquistou. Tudo isso é Atendimento numa visão macro.

Isso fica bem claro no livro Contato Imediato com Atendimento em Propaganda, de Eloy Simões. Ali é discutido o atendimento do ponto de vista da agência, de seus profissionais, e do cliente que contrata uma agência para atendê-lo. O livro é bem gostoso de ler, pois os capítulos são sempre iniciados com uma história que contextualiza os temas. Para encerrar este post, um trecho do livro para você ter uma idéia: (...) o relacionamento entre pessoas é vital para a manutenção de uma conta, quando ele se faz, principalmente, sobre uma base séria, profissional, a partir do conhecimento do produto e do consumidor e de uma busca efetiva da solução dos problemas do Cliente. Dá muito mais trabalho, mas tem de ser assim.

5 de dezembro de 2007

Atendimento Nu em Público - O Retorno

Pra além do fato de correr nu em Amsterdã, há uma causa defendida pelo Diretor de Atendimento Mark Schermers. Por isso resolvi me comunicar com o cara e saber dele todos os detalhes da campanha que chamava atenção sobre o câncer e que, afinal, acabou ficando em segundo plano no noticiário.

Mark Schermers gentilmente retornou meu e-mail e contou os detalhes da campanha chamada "Movember", da entidade KWF Kankerbestrijding (Sociedade Holandesa Contra o Câncer). Ele conta que, além dele, 20 pessoas da agência 180 estavam também engajadas.

O mais legal é que em um único dia eles angariaram 4 mil euros!

Abaixo segue a íntegra do e-mail do Mark:

Date: Wed, 5 Dec 2007 11:19:11 +0100
From: "Mark Schermers"
To: "k a t i a v i o l a"

Hi Katia,
Thanks for your kind email. That is very nice of you. You are right in a matter of days the news has spread like a virus around the world. You’d be surprised at how much response this rather impulsive primal act generated.

I like your comparison to Impossible is Nothing and perhaps this act was a bit in the Spirit of Impossible is Nothing but it was not intentional.

It was all part of an already existing campaign/idea called Movember in which people around the world grow moustaches (also known as “Mo’s”) in the month of November to raise awareness for testicular cancer. About 20 people at 180 joined in this campaign and the challenge was to raise as much money by the end of the month as possible. I pulled out this stunt because I thought it could generate some attention—which it definitely did.

In one day we raised around 4000 Euro. In case people are interested in supporting this cause they can donate to the following charity:

This is the link to the online donation page:
http://www.kwfkankerbestrijding.nl/index.jsp?objectid=kwfredactie:4728
The code for this specific cause is: A3020070315 Movember-180

It would be great if next year in Movember we see Brazil supporting this cause as well!

Mark

4 de dezembro de 2007

Estudos Sobre Atendimento

A A relação agência-cliente: a ética na ótica do atendimento de publicidade, de Lina Maria Moreira Garai da Silva e Paulo Rogério Tarsitano, 2006.

O perfil do profissional de atendimento das agências de publicidade e propaganda de Blumenau - SC, filiadas ao GPCM, de Fabrícia Durieux Zucco e Valéria Riscarolli, 2001.

Você conhece algum outro site onde podemos ter acesso a estudos e textos sobre Atendimento? Compartilhe com os leitores deste blog.

E boa leitura.

3 de dezembro de 2007

Nada é Impossível, Até Mesmo Atendimento Nu em Público


Correr nu não chega a ser novidade nos EUA e na Europa. Vira e mexe tem alguém fazendo isso no meio de um show ou de um evento esportivo. O ato tem até nome: streaking. Mas a notícia que chamou atenção por aqui e em várias outras publicações do trade pelo mundo é que um Diretor de Atendimento chamado Mark Schermers correu nu pelas ruas de Amsterdã para chamar atenção e angariar fundos para uma campanha sobre o câncer de testículo.

Não pude deixar de me lembrar do slogan da Adidas, que é cliente da agência 180 e cuja conta Mark dirige: Impossible is Nothing. As peças da campanha, que inclusive é premiada em Cannes, mostram pessoas que superaram dificuldades e chegaram lá. Fiquei pensando se Mark não acabou se envolvendo tanto com esta idéia de superar dificuldades e lutar pelos seus ideais que acabou, ele mesmo, protagonizando uma campanha mundial. Foi interessante ver também o apoio que a agência, os clientes e os colegas deram à idéia de Mark. Observe as pessoas que o aguardavam para celebrar o feito, batendo palmas e abrindo até uma garrafa de champanhe.

Ou alguém aí acha que isso foi uma bela jogada de marketing que acabou promovendo, isso sim, Mark Schermers e a 180?

2 de dezembro de 2007

O Jornal Como Ferramenta de Marketing

Muito interessante acompanhar como o negócio da informação vem se modificando rapidamente nos últimos anos. Enquanto os grandes jornais (os chamados quality papers)lutam para manter a circulação, os jornais populares vêm crescendo e os jornais gratuitos começam a aparecer aqui no Brasil e a buscar seu espaço.

Assistindo na semana passada à palestra do jornalista e sócio da H/G/W/T Marketing Editorial Sergio Rego Monteiro, a gente pôde entender melhor o cenário que favorece o mercado dos populares e gratuitos no Brasil e as tendências para o meio jornal.

Em alguns tópicos, o cenário que favorece a expansão destes jornais é o seguinte:

- O mundo em rapidíssima transformação nos trouxe “novas necessidades”. Além do telefone fixo, agora "precisamos" do celular. Além da TV aberta, "precisamos" assistir à programação da TV por assinatura. Etc. etc. Os salários, entretanto, não aumentaram na proporção destas novas necessidades. Se o dinheiro é o mesmo, de alguma coisa teremos que abrir mão. Nesta escolha, a compra do jornal diariamente ou a assinatura foi, certamente, uma das sacrificadas. Afinal, muita gente hoje pode ler pela Internet.

- Há falta de tempo, a vida está cada vez mais corrida. Por isso, o negócio da informação vem buscando leitores nos “intervalos de tempo”. E nesse ponto os jornais populares e os gratuitos estão dando um banho: podem ser lidos em 20 a 30 minutos, no deslocamento entre a casa e o trabalho. Não à toa estes jornais têm sua distribuição ou venda próximo aos transportes coletivos (trens, metrô, barcas).

- As pessoas estão lendo mais, mas em pequenas porções. Os grandes jornais estão "gordos", têm muitas páginas e reportagens extensas, o formato não é confortável para ler em deslocamento. Os jornais gratuitos e os populares têm formato tablóide e as matérias são curtas.

- Para complicar a vida dos grandes jornais, o custo dos espaços publicitários fica cada vez maior e eles perdem receita. Pequenos anunciantes, anunciantes locais que não sejam Varejo ou Imobiliária (pois estes têm bons descontos) não têm condições de anunciar constantemente em grandes jornais.

Ferramentas de Marketing
E como os jornais gratuitos se posicionam? O que é este novo produto? Sergio Rego Monteiro deixou bem claro que devemos entendê-los como ferramentas de marketing e não como produto jornalístico. Com informações concisas -- cuja fonte é quase exclusivamente de agências de notícias -- e desenho atraente, ele não é um jornal de "opinião" e nem deve ser percebido como "tendencioso". Estes jornais são prestadores de serviços ao cidadão comum. Por isso, tendem à regionalização e a ter enfoque meramente local.

Daqui Pra Frente
Segundo S. R. Monteiro, a "indústria jornal" precisará se redefinir. Ele aponta como tendência o desaparecimento da versão impressa dos grandes jornais durante a semana. O jornal será comprado apenas nos finais de semana, quando o leitor tem mais tempo e poderá se aprofundar. Os jornalistas não perderão seus empregos. Afinal, a notícia não cai do céu, portanto a organização jornalística existirá como uma "usina de informação". O segmento dos jornais populares crescerá mais e, principalmente no segmento gratuito, o marketing vai mandar e não o jornalismo.