26 de outubro de 2008

Resultado das Eleições no Rio

Não, não vou falar da disputa para a prefeitura, mas, sim, de outra eleição. Aquela que vai fortalecer nossa atividade. É que começou essa semana, de fato, uma nova gestão no GAP-Grupo de Atendimento e Planejamento do Rio de Janeiro. Para você ficar por dentro do que vai acontecer e começar a participar, leia abaixo o primeiro comunicado do GAP ao mercado:

No dia 20 de outubro o grupo de profissionais abaixo assumiu oficialmente a diretoria do GAP para o próximo biênio:

Presidente: Luciana Vasconi (Agência 3)
1ª. Vice Presidente: Nádia Rebouças (Rebouças & Associados)
2ª. Vice Presidente: Kátia Viola (Euro RSCG Contemporânea)


Diretoria Administrativo/Financeira/Comercial
: Flávio Martino (Giacometti)

Diretoria Executiva de Comunicação
Diretora : Mirella Monteiro de Castro (Casa da Criação)
Colaboradores: Ricardo Torres (Havana) e Tarso Campos (Agência 3)

Diretoria Executiva de Formação e Aprimoramento Técnico
Diretora : Ana Paula Sánchez (Artplan)
Colaboradores: Candida Quadrelli (Agência 3), Gustavo Otto (McCann), Lucas Daibert (Binder/FC + M) e Marisa Toste (W/Brasil)

Diretoria Executiva de Planejamento Estratégico e Atividades Interassociativas

Diretora: Fernada Galuzzi (McCann)
Colaboradores: Bruno Villas-Boas (JWT) e Renata Barbosa (Binder/FC + M)

Conselho
Presidente: Vicente de Vicq (Planejamento da 40 Graus)
Representante de Agência: Julieta Monteiro (Diretora de Atendimento da F/Nazca)
Representante de Mídia: Sérgio Prazeres (Diretor de Mídia da DPZ - Presidente do Grupo de Mídia - RJ)
Respresentante de Criação: Flavio Medeiros (Diretor de Criação da Heads e Presidente do Clube de Criação-RJ)
Representante de Cliente: Ingrid Bückmann (Gerente de Comunicação da Shell do Brasil)

Para nós o GAP tem uma finalidade: FORTALECER.FORTALECER a instituição.
FORTALECER a relação e comunicação entre os profissionais de atendimento e planejamento.
FORTALECER a nossa capacidade técnica.
FORTALECER a nossa posição dentro das empresas e, por conseguinte, no mercado.
FORTALECER a relação entre os profissionais de atendimento e planejamento das agências e os profissionais destas mesmas áreas que estão trabalhando nos clientes.
FORTALECER nossos laços com os profissionais de mídia e criação, afinal, somos um time e essa relação precisa ser estimulada.
FORTALECER as lideranças; temos muita gente boa, cheia de talento e energia. Precisamos criar um espaço favorável para que estes profissionais se expressem.
FORTALECER a nossa capacidade de reflexão, de fazer propostas e atuarmos como agentes de mudança.

A primeira ação que está sendo desenvolvida por esta nova diretoria é a mesma que sempre propomos aos nossos Clientes: discutir e elaborar um planejamento que reflita a relevância e otimize a eficácia do GAP, avaliando, através de uma pesquisa, as reais necessidades dos atendimentos e planejamento do Rio de Janeiro. Concluindo essa etapa, poderemos então, colocar o “produto” no mercado.

O nosso planejamento já está em fase final de elaboração e, em breve, o site do GAP lançará essa pesquisa para avaliar e validar junto ao nosso público-alvo as idéias que foram apresentadas por este grupo ao longo dos últimos dois meses. Tudo isto para que ao final desta fase possamos apresentar ao mercado uma proposta de trabalho que tenha não só consistência, mas também significado e relevância para os profissionais.

Concluindo, para que o projeto seja coerente com o que acreditamos, não vamos lançar o nosso “produto” de uma forma amadora, por isso queremos aproveitar este momento que marca o início da nossa gestão para deixar explícito e registrado o sentimento que temos em relação a esta missão.

Para que possamos realizar esse trabalho com eficiência, a participação, colaboração e adesão dos profissionais e também dos gestores das empresas será fundamental e indispensável.

Precisamos atingir um estágio de entendimento verdadeiro sobre a necessidade desse fortalecimento, e só chegaremos lá através de uma mobilização concreta dos profissionais. Sem isto, estaremos fadados a continuar nos sentindo reféns e não protagonistas da nossa história.

23 de outubro de 2008

Mídia e Atendimento – Quando "Duplar" é Fundamental

Trabalhar com Gestão de Contas implica necessariamente em gostar e saber trabalhar em equipe. Durante o trâmite de um trabalho, as reuniões que você vai precisar ter com o pessoal da agência podem acontecer com a presença dos membros de cada departamento ao mesmo tempo. Mas é mais provável que você tenha que “duplar” com todos os setores da agência, separadamente, em ocasiões diferentes.

A mídia é um desses “duplas”. E um dos mais importantes, principalmente se considerarmos a nova realidade das agências. O planejamento e a compra de mídia hoje estão mais complexos. Já se foi o tempo em que consumidor era só classe AB, que comercial no horário nobre resolvia tudo. Hoje pensar no mais efetivo mix de mídia requer mais sofisticação, elaboração e conhecimentos sobre meios até então nem sonhados.

E o Que os Gestores de Contas Têm a Ver Com Isso?

Como integradores de todos os departamentos e disciplinas, nosso papel é juntar as informações necessárias e costurar todas as pontas, discutir as melhores estratégias e táticas, ver a “big picture”, envolver todas as pessoas necessárias. E não podemos nos esquecer que somos os responsáveis finais por tudo o que é apresentado ao cliente, portanto somos os responsáveis pela qualidade do plano de mídia que o cliente irá receber.

Isso posto, vamos começar do começo. Passando um briefing para a Mídia. Quando damos início a um job, se ele implica em uma campanha ou alguma peça que precisa ser veiculada, a Mídia deve receber pelo menos uma cópia do briefing enviado à criação para que, já naquele momento, comece o seu envolvimento com o trabalho, criando oportunidades para um contribuição relevante e pertinente desde o início. (Por incrível que pareça, não raro os mídias recebem um pedido de cunho meramente executor, o que os exclui do pensamento estratégico, de um papel mais relevante no processo de planejamento.)

Olho no Olho
Discutir pessoalmente o trabalho também é importante, por isso “duplar” com a Mídia é uma etapa que a gente não pode simplesmente pular. O Gestor de Contas é a pessoa que mais conhece o negócio do cliente. Suas impressões, muitas vezes coisas que não estão escritas no briefing, podem ser passadas numa conversa, podem nortear alguns caminhos. O Planejador de Mídia pode identificar e ajudar a resolver problemas. Pode interferir no caminho do trabalho, desviando inclusive o curso de uma determinada ação. Ao ler o briefing de uma campanha, pode sugerir a inclusão de peças diferenciadas, apontar o que não será eficaz, por exemplo. Pode apontar contradições, pode nos solicitar aquela informação que fará toda a diferença na hora de um pensamento mais estratégico, algo que talvez não nos tenhamos dado conta.

E Depois Que Você Já Tem o Plano de Mídia Nas Mãos?
Sabemos que em apresentações de grandes campanhas é comum o diretor de Mídia estar presente e ele mesmo explicar tudo ao cliente. Mas a gente sabe também que, no dia-a-dia, quem apresenta o plano é o Gestor de Contas. Aí entra outro aspecto fundamental: temos que ser capazes de entender esse plano para poder explicá-lo ao cliente. OK, mídia é um assunto técnico. Mas isso não pode nem deve inibir o Gestor de Contas na direção de entender os princípios mais fundamentais do que está sendo mostrado no plano. Portanto, mais uma vez, “duple” com a Mídia. Sente-se com o profissional que preparou o plano e faça todas as perguntas, tire dúvidas, esclareça todos os números e simulações e siglas do plano e o porquê delas estarem ali. Prepare você mesmo um racional que explique a razão daquela recomendação. É isso mesmo: escreva você o racional. O departamento de mídia tem a expertise sobre as melhores recomendações de mídia. Você deve ter a habilidade de explicitar isso através de um racional, de uma defesa escrita. Mesmo que a Mídia entregue um material com as devidas explicações, o formato da apresentação provavelmente é você, o Gestor da Conta, quem vai dar.

Hora de Brilhar
Nunca perca a oportunidade de mostrar ao cliente que existe pensamento estratégico de mídia. OK, há clientes que já vão estabelecendo onde querem veicular e como. Então, pra que racional se tudo está estabelecido previamente? Uma dica: leve dois planos, o que o cliente pediu e a recomendação da Mídia de sua agência. É bem provável que tendo construído esse plano com o profissional de Mídia, você tenha preparado um racional que explicite claramente porque uma estratégia é melhor que a outra. O que vai fazer o cliente optar, é claro, pela recomendação da agência.

Por Último
Feedback sempre. Ao voltar das apresentações, reporte ao Mídia o que aconteceu, como o plano foi recebido, se há algo a ser feito ou refeito, as críticas e, principalmente, os elogios. Isso é, também, parte fundamental do que eu chamo de “duplar”.

16 de outubro de 2008

Nessa Data Querida


O tempo passa muito rápido. Estamos completando um ano de postagens no Fazendo Atendimento Publicitário.

Você sabia que mais de 1.000 pessoas novas têm nos visitado mensalmente? Somadas às visitas daqueles que sempre passam por aqui, dá uma média de 2.500 visitas/mês.


Um grande abraço a todos os que têm prestigiado o blog. E boas-vindas a quem está nos visitando pela primeira vez.

Vamos em frente!

Kátia Viola

12 de outubro de 2008

Redefinindo O Papel do Atendimento No Atual Negócio da Propaganda

É ótimo se surpreender positivamente. Foi o que aconteceu comigo em relação ao livro The New Account Manager (O Novo Atendimento), de Don Dickinson. Comprei mais por curiosidade do que por achar que ele acrescentaria mais brilho à minha biblioteca. Felizmente, eu estava errada. Este é o livro mais completo que já li sobre Atendimento Publicitário. Aborda todos os pontos técnicos e também os aspectos atitudinais que um bom Atendimento precisa ter para exercer bem a sua profissão no cenário atual da publicidade. São pouco mais de 400 páginas muito bem escritas, numa linguagem acessível, podendo ser compreendido por quem está ainda estudando e muito apreciado por quem já tem anos de experiência.

Uma das coisas diferentes e bacanas do livro é que ele encerra cada capítulo com a descrição de “situações cabeludas”, isto é, ele nos coloca um caso, uma situação qualquer daquelas que acontecem mesmo no dia a dia da profissão. E aí deixa para você a tarefa de pensar como se sairia daquela situação. Um excelente exercício. Me fez pensar em tantas outras situações em que nós, Atendimentos, somos postos à prova...

Sobre o Autor

Don Dickinson trabalhou como Atendimento por 30 anos em diversas agências americanas e hoje é o Diretor do Departamento de Advertising Management da Universidade de Portland. Ele escreveu The New Account Manager em 2003 porque não conseguiu encontrar na literatura da propaganda um livro que abordasse todos os aspectos do que é ser Atendimento hoje. Como ele mesmo diz no prefácio: “As mudanças no negócio da propaganda e as crescentes demandas dos clientes apontaram para a necessidade de um treinamento mais bem estruturado para os gestores de contas. Como não encontrei nenhum livro tão completo sobre o assunto, devotei dois anos a escrever um.”

Se você lê em inglês, recomendo entusiasticamente esse livro. Você pode encontrá-lo na Amazon.

10 de outubro de 2008

O Brief Criativo - Além do "O Que" e "Para Quem"

Já parou para pensar que qualquer peça publicitária começa com um brief? O brief é o input inicial, aquele documento que contém as informações necessárias para que criação, midia, produção, tráfego, enfim, diversos setores da agência possam desenvolver um trabalho. E quem é o profissonal responsável por redigir esse documento tão fundamental? Acertou se disse Atendimento. Só por aí já dá para perceber a importância e conseqüuente dedicação que você deve ter para a elaboração de um bom briefing.

Uma das "doenças" que mais vi acontecer nas várias agências em que trabalhei foi a constante reclamação a respeito do brief. Se as coisas dão errado (leia-se, o trabalho voltou para ser refeito) a culpa é sempre do brief. E por extensão, do Atendimento... Coisas como "o brief estava incompleto", "o brief estava mal escrito", "o cliente mudou o briefing" etc. etc. etc. Então, como minimizar esse efeito tão perturbador para todos nós, que é a sensação de que o fim não se concretizou porque o início falhou?

O Atendimento É Protagonista - E Tem De Ser O Mocinho Da História
Vamos chamar o Atendimento à reponsabilidade. Sim, é isso mesmo, a responsabilidade é nossa. Basta um brief ruim e muitas horas de trabalho vão para o lixo. Está na mão do Atendimento não deixar que isso aconteça. Lembre-se: esse documento deve funcionar como uma mapa e você deve desenhá-lo de modo a permitir que todos encontrem ali o caminho que leva ao lugar certo.

É Aí Que O Brief Criativo Entra
Há alguns anos, os modelos de brief eram mais "estáticos" e nada inspiradores. Se limitavam a dar informações frias e deixavam na mão dos criativos a tarefa de "adivinhar" e "apontar" o caminho que poderia ser seguido. Hoje a coisa não pode mais se dar dessa forma. O brief deve ter mais personalidade, deve "inspirar" e motivar em direção a uma ação. Com a escassez de tempo e dinheiro e os prazos superapertados, a ordem é acertar logo, no mais curto tempo possível. E é por isso que se utiliza o chamado "brief criativo".

Provavelmente sua agência tem seu próprio modelo de brief e pode ser que esse modelo não esteja facilitando a construção de um bom "mapa". Mas isso não impede que você questione o modelo e acrescente a ele as perguntas certas que vão gerar as respostas e os insights necessários para o desenvolvimento do trabalho.

Como Desenvolver Um Brief Criativo
O moderno modelo de brief é o que vai além do "o que" e do "para quem". Ele vai mais fundo no "por que". Quando da sua preparação, o Atendimento é levado fazer as perguntas certas, coletando muitos dados. Isso é bom. Aliás, isso é ótimo. Não se assuste, pois isso não significa que você tenha que usar tudo e despejar em cima da criação um montão de coisas, deixando para eles a tarefa de decodificar. Pelo contrário. Garimpe, cave e depois reveja várias vezes tudo o que conseguiu. Daí, resuma, transforme os dados em informação relevante. Deixe apenas o necessário para inspirar uma grande peça publicitária ou uma grande campanha.

O Gand Finale
Finalmente, outra coisa muito importante é validar esse documento com o cliente. Esse é o passo fundamental para envolver e - porque não dizer - comprometer o cliente com o que está sendo pedido. Após redigir seu brief, mostre-o ao cliente e peça a ele para validar ou corrigir, estimule-o a questionar algumas coisas ANTES do inicio do trabalho. Nada pior do que apresentar uma peça e perceber que o cliente a está usando para, naquela hora, a partir do que viu, começar a passar um briefing. Você já deve ter visto esse filme e sabe bem quem morre no final.

A chave é levar o seu cliente a sentir-se coautor desse documento, portanto diretamente responsável pelo que a agência estará lhe oferecendo. Isso vai facilitar a sua vida na hora de apresentar a campanha, percebe? Você vai poder descrever o que ambos acordaram e depois apresentar a peça ou campanha como conseqüência "óbvia" daquele pedido. Isso tambem vai tornar claro para o cliente quando e se ele muda de opinião apos o trabalho pronto. Não será preciso argumentar (o que as vezes é desgastante para o Atendimento) que houve mudança de briefing e que isso vai implicar em re-trabalho para a agência. Da próxima vez, seu cliente vai pensar duas vezes antes de validar o brief, vai prestar mais atenção às informações que dá e estará mais sintonizado com o trabalho. Todos vão ganhar com isso.

A validação do brief também evita desgastes com os outros membros da agência, pois com este tipo de documento não haverá dúvidas de que as informações foram coletadas e validadas de forma responsável por você.

Resumindo: O Valor do Brief Criativo
O verdadeiro objetivo dessa ferramenta é compartilhar informações valiosas, criar consenso, alinhar expectativas e estabelecer objetivos claros para todas as partes envolvidas no projeto, do cliente e da agência.

E os benefícios vão além. Se o Atendimento faz as perguntas certas para seus clientes, vai acabar juntando ótimas informações, testemunhais e estudos de casos que futuramente podem fazer parte de seu currículo. E o pessoal de marketing do cliente, por seu turno, pode se utilizar dessas informações como prova do sucesso de seus projetos e, consequentemente, melhor explicitar o valor de sua contribuição para a sua empresa.

Quer Um Modelo? Pergunte-me Como
E para nao ficar só na teoria, a gente traz um modelo-base que você pode começar a usar agora.

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MODELO - BRIEF CRIATIVO*

Cliente / Responsável no Cliente:
Nome da empresa e nome, telefone e email do representante no cliente. Entendendo-se por “cliente” quem paga ou quem aprovará o trabalho.

Projeto:
Exemplo: “Campanha de lançamento do produto X”

Preparado por:
Nome do responsável pela emissão do brief (você).

Aprovado por:
Cliente: Data:
Agência: Data:
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1) Cenário:
Qual é a “big picture”, a visão geral. O que está acontecendo no mercado. E qualquer outra coisa que esteja acontecendo do lado do cliente que a criação deva tomar conhecimento.

Aqui é quando você apresenta o projeto à criação.

2) Qual o objetivo, o propósito da peça ou campanha?
Tente colocar de forma resumida o efeito que o anúncio deve provocar nos consumidores. Geralmente se coloca isso em uma frase expressa em forma de ação e, freqüentemente, focada também no que você quer que os consumidores pensem, sintam ou façam.

3) Público-Alvo: com quem estamos falando?
Quanto mais preciso e detalhado você for, melhor. Vá além de idade e sexo, inclua dados demográficos e psicográficos. Não se esqueça de explicar como o público se sente ou o que pensa a respeito da categoria do produto, da marca ou do serviço específico do qual estamos falando.

4) Qual a coisa mais importante que queremos dizer?
Qual a coisa mais persuasiva ou mais importante que podemos dizer para atingir nosso objetivo? De novo, tente colocar isso em uma frase. Mais que isso, só se for muito necessário. E evite generalidades, pois elas resultam em ambiguidade. Lembre-se: quanto mais específico, melhor e mais rápido o entendimento do consumidor. Com isso, você evita a tentação do cliente em querer dizer mil coisas de uma só vez, numa só peça. Provoque-o para que elabore com você essa idéia principal. Ou pelo menos que valide o que você escreveu.

5) Qual o racional que suporta as “razões para agir ou acreditar”?
Liste as razões emocionais e racionais para que o nosso público-alvo acredite no que queremos e para que faça o que queremos que ele faça.
Inclua todos os pontos que devem entrar no texto, em ordem de importância para o consumidor. Em outras palavras, é como responder à pergunta: O que mais pode ser dito para que a gente atinja o objetivo?

6) Obrigatoriedades, informações úteis, insights:
Aqui é onde você coloca todos os outros detalhes, como por exemplo qual a oferta que estamos fazendo (se é uma peça de resposta direta). Ou a descrição da personalidade da marca. E outros elementos obrigatórios, como: logo, endereço, telefone etc. que devem constar na peca.

7) Verba:
Sempre que puder, discuta com o cliente quanto ele espera investir no projeto. Dessa forma, você evita que uma boa ideia esbarre na impossibilidae de execução.

8) Cronograma: O que queremos da criação e quando precisamos?
Escreva aqui informações de mídia, tamanho da peça, cores. E também os prazos de todas as etapas, como por exemplo:

1) revisão inicial da criação (apresentação interna de roughs e ideias),
2) peças ajustadas,
3) apresentação final interna,
4) apresentação ao cliente,
5) envio do material para o veículo (ou para a gráfica).

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Antes de enviar o brief à criação, certifique-se do seguinte:
[ ] Tenho todas as referências necessárias: anúncios anteriores, folhetos, anúncios dos concorrentes, publicações ou sites sobre o assunto em questão? Reuni um pacote completo de informações para a criação?
[ ] Se estiver brifando a respeito de uma comunicação de longo formato (site, livro, vídeo): listei para os criativos os pontos importantes que devem aparecer nos textos, bem como forneci referências visuais e de gráficos?
[ ] Ficou claro para o cliente o que DEVE ESTAR presente na comunicação e o que PODE ESTAR na comunicação? O que o cliente considera imprescindível versus o que ele gostaria, suas preferências?

(*) Fonte: AdCracker.com

9 de outubro de 2008

Uma Conferência Só Para Discutir A Gestão de Contas

No dia 24 de setembro aconteceu em Nova Iorque a terceira edição da Account Management Conference, promovida pela American Association of Advertising Agencies (4A’s). Note bem: somente há três anos existe uma conferência para falar sobre Gestão de Contas promovida por uma respeitada entidade americana que existe desde 1917. Surpreso? Pois não fique. O que isso quer exatamente nos dizer? Que nos últimos tempos a função de Atendimento vem tomando tamanha importância e se redefinindo de uma tal forma que não é mais possível deixar de discutir seu papel relevante nas agências de forma específica. Longe de pensar que isso está acontecendo somente num país desenvolvido como os EUA, o momento de refletir sobre a função de Atendimento para colocá-la em seu devido lugar de importância dentro das agências é um movimento que tem reflexos também no Brasil, como temos discutido aqui no FAP. Por isso, achei intressante trazer para você esse resumo das reflexões de dois palestrantes do congresso.

No discurso inaugural da conferência, proferido pela CEO da 4A’s Nancy Hill (foto), ela observou que diversos fatores contribuiram para que a gestão de contas como função precisasse repensar e redefinir seu papel. A introdução nos EUA da função específica de planejamento de conta, na década de 80, foi um desses fatores. “Foi só quando trabalhei na TBWA que percebi o papel indispensável que um excelente planejador de conta – e que um bem-dirigido departamento de planejamento – podem desempenhar no processo de criação da boa propaganda. E foi também quando percebi a diferença entre os papéis do planejador e do gestor de conta, e em vez de brigar com os planejadores sobre quem merece ou não o crédito pela “grande idéia”, meu papel como executiva de contas foi entender como juntar todas as peças para fazer boa propaganda, desde o insight até a criação, até a midia e até a analise”, comentou Nancy.

Outro fator que impactou a função de gerente de contas, segundo Nancy, foi a crescente adoção da tecnologia, tanto no ambiente de trabalho como na vida dos consumidores. E, infelizmente, aponta Nancy, “o que aconteceu com alguns executivos de conta é que eles não se atualizaram em termos tecnológicos e agora foram deixados para trás.”

Como último fator de impacto, Nancy apontou a mudança na própria força de trabalho que exerce a gerência de contas, que hoje não é mais formada só de homens e só de brancos, como se via lá na década de 60 (representada na excelente série de TV Mad Men, que mostra o cotidiano de uma agência na Nova Iorque daquela época).

Nancy Hill definiu a nossa função dizendo que “ gerência de contas, em muitos casos, tem mais a ver com o trabalho que um produtor executivo desempenha num filme de grande orçamento em Hollywood do que com o de mediador entre a agência e seus clientes. Isso porque gerentes de conta têm sempre estado no centro de tudo o que se passa entre suas agências e seus clientes e porque outras disciplinas cresceram em proeminência e importância nas últimas décadas (vide mídia e digital). "

Outro palestrante do dia foi Carl Johnson (foto), co-fundador da agência Anomaly, que disse com todas as letras que ser Atendimento hoje é a melhor função dentro do nosso negócio. Segundo ele, pela própria natureza da atividade, o gestor de contas tem acesso a tantas tarefas diferentes e tantas coisas imprevisíveis podem acontecer que isso torna tudo mais excitante e dinâmico, tanto que se ele tivesse começado hoje, era isso o que queria fazer. Entretanto, apontou: “ você tem que amar ser gestor de contas para exercer bem a função, pois é doloroso, difícil, você leva muita porrada e trabalha muito. Se você exercer mal a função, será o pior trabalho do mundo. Mas a chave é focar no que funcionará para o negócio do cliente e não no que o faz feliz. E mais: assuma a responsabilidade por qualquer coisa que venha a acontecer. O princípio fundamental é: tudo tem a ver com você – seja bom ou ruim.

8 de outubro de 2008

Eleições 2008 – Personagens A Procura de Um Autor

Em setembro de 2007 foram encerradas as atividades da última gestão do GAP- Grupo de Atendimento e Planejamento do Rio de Janeiro. Era de se supor que apareceriam então outras pessoas querendo assumir a entidade e propor melhorias, definir novas metas para o próximo biênio. Mas não foi o que aconteceu. Há alguns anos, a entidade já vinha num processo de perda de prestígio e de falta de propostas com continuidade e consistência. Muitos atribuiram a esse fato a falta de interesse dos profissionais de Atendimento e Planejamento do Rio em se organizar e trabalhar em favor do mercado. Mas muito, creio eu, se deve também ao fato de o nosso mercado estar tomando um rumo que não nos tem permitido espaço/tempo para reflexão e consequente ação. O próprio papel do Atendimento nas agências - que vem assumindo inúmeras responsabilidades e redefindo seu papel - aliado ao esvaziamento econômico do Estado do Rio de Janeiro, fez com que todos nós estivéssemos focados em defender e ocupar o pouco território que nos sobrou. Anunciantes de peso indo para São Paulo, fusões de algumas agências, quebra de outras, demissões de profissionais experientes e um tremendo salve-se quem puder.

Vivenciei isso tudo muito de perto. Estive à frente da Diretoria de Aprimoramento Profissional do GAP na gestão passada e sei o quanto foi suado promover os workshops. E isso era somente uma das missões de uma das diretorias. Existia todo um projeto a ser tocado que englobava muito mais. No caso da formação profissional, não tínhamos braços suficientes para montar os eventos (as pessoas foram sumindo) e nem patrocínio. Mesmo assim, foram realizados seis deles no espaço de um ano e meio. E todos atraíram público suficiente para que se pagassem. Meus colegas do GAP me propuseram algumas vezes assumir a presidência da entidade. Para que isso acontecesse, eu mesma tentei engajar outros profissionais nesse projeto e nada consegui de concreto, por todos os motivos já citados. O fato é que sem o comprometimento de vários fica quase impossível chegar lá.

No IV Congresso, o movimento pela recuperação do GAP tomou forma. Outras entidades, como o Grupo de Mídia do Rio de Janeiro, resolveram ter participação ativa nisso, entraram no processo e começaram a conversar com as pessoas. E foi assim que, felizmente, Luciana Vasconi, sócia-diretora da Agência3, tomou para si a missão de presidir o GAP e formar uma chapa para as próximas eleições. Com toda a representatividade que Luciana e sua agência têm no mercado do Rio e seu longo e belíssimo histórico como Atendimento, o GAP não poderia estar melhor representado. O entusiasmo e a capacidade agregadora e inclusiva da Luciana acabaram por tornar as coisas possíveis, tudo foi se ajustando e um grupo com representatividade se formando.

A palavra de ordem do GAP, nessa nova gestão, é “fortalecimento”. Luciana convidou a Nádia Rebouças (Rebouças & Associados) e a mim, Katia Viola (Euro RSCG Contemporânea), para atuarem como vice-presidentes. Também na nova gestão haverá diretorias executivas de Comunicação (encabeçada por Mirella Monteiro, Casa da Criação), de formação e aprimoramento técnico (encabeçada por Ana Paula Sanches, Artplan) de planejamento estratégico e atividades interassociativas (encabeçada por Fernanda Galuzzi, McCann) e de gestão administrativa, financeira e comercial (encabeçada por Flávio Martino, Giacometti Rio). As diretorias terão colaboradores oriundos de agências como JWT, Havana, Binder, W/Brasil, Agência3 e McCann. Para a escolha do Conselho, a palavra de ordem é “integração”, por isso, além de representantes de Atendimento e Planejamento, há representantes de outros setores da agência com os quais nos relacionamos. E inclusive um representante de cliente. O Conselho será formado por Vicente de Vicq (Planejamento, 40 Graus), Julieta Monteiro (Atendimento, F/Nazca S&S), Sérgio Prazeres (Presidente do Grupo de Mídia do RJ), Flávio Medeiros (Presidente do Clube de Criação do RJ) e Ingrid Buckmann (Gerente de Comunicação da Shell) .

As eleições acontecem no próximo dia 17/10 e a posse acontece no dia 20/10.

A hora é essa. Temos palco e cenário, muitos personagens e uma boa história a ser escrita.