17 de fevereiro de 2011

24/7


Já falamos muito aqui no blog que a função tradicional do gestor de contas nas agências de comunicação vem mudando dramaticamente. Aliás, a de todos os profissionais de agência. Não é simples lidar com um mercado digitalmente conectado 24 horas, sete dias na semana. Estamos nos adaptando e seguindo em frente bravamente.

As coisas mudaram e o discurso que tenho ouvido por aí é que nossa função hoje deveria ser menos sobre “contas” e mais sobre marcas. Menos sobre gestão e mais sobre liderança. Lindo. Porém, existe ainda uma carga operacional muito grande na área de atendimento de contas (follow up interno - além do follow com os clientes - controle de prazos e do budget etc. etc. etc.). Isso tem nos obrigado a pender para uma disciplina que parece ainda assustadora para muitas agências, mas que muitos de nós já dominamos: a gestão de projetos.

Mas seria essa a nossa vocação, o nosso futuro?

No mercado americano, por exemplo, o gerenciamento de projetos vem sendo assumido pelo Tráfego. Talvez seja um caminho mais lógico e seria bom refletirmos sobre isso. Pode ser difícil imaginar essa realidade aqui porque muitos de nós nunca tiveram a sorte de trabalhar com um profissional da área que fosse operacionalmente excelente. Daí, nem sabem que isso é possível. Muitas agências hoje abrem mão do Tráfego alegando que não há a menor necessidade dele. Dá até para entender por que: se é para tomar conta dos jobs que vão para a Criação, funcionando quase que como uma blindagem do departamento; se é para passar a bola pra produção, sem refletir, analisar; se é para não controlar a rentabilidade da agência, então realmente não precisamos desse intermediário. E aí, seguimos fazendo trabalhos exaustivamente braçais. (Um pequeno parêntesis sobre o Tráfego: acho que esse é mais um caso de uma função mal aproveitada porque mal compreendida em seu potencial. Assim como já aconteceu com o Atendimento há um tempo quando foi moda eliminar a função nas agências, também pelo entendimento que essa figura era um “intermediário”).

Resumindo, estamos aí nesses novos tempos que exigem que o Atendimento seja o “líder da marca”. Que dê o direcionamento, tenha proatividade, pensamento estratégico, perspectiva e expertise para ajudar os clientes a maximizar seus investimentos em marketing.

Seguimos carregando o piano, afinando-o e fazendo o possível para tocar belas sinfonias.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi interessante este blog está bem estruturado.........boa:)
Gostei muito faz mais posts assim !!