23 de setembro de 2010

O Diabo Veste

Frequentemente estamos preocupados em entender o comportamento do consumidor. Nos preocupamos também com a forma com que nossos clientes pensam e agem, e tentamos nos adaptar a certas condições para que o trabalho flua melhor. Isso nos toma tempo, ocupa nossos corações e mentes. Tanto que acabamos nos esquecendo de que dentro do escritório, ao seu lado, existem pessoas e que você terá de interagir com elas. Para o bem e para o mal.

O mal que assombra esse post é a ignorância alheia. A ignorância no sentido de desconhecimento. Mas não vou dourar a pílula. Desconhecimento no trabalho tem nome: incompetência. E incompetência tem consequência. E a consequência da incompetência alheia pode levar à destruição silenciosa do seu trabalho. Todo cuidado, pois.

Eu poderia dizer que existem processos de aprendizagem e que nem todos estamos no mesmo estágio. Isso seria educado e politicamente correto, mas repito: não vou dourar a pílula. Pessoas inconscientemente incompetentes trabalham ao seu lado. Elas são uma bomba-relógio, um perigo iminente, um cupim (aparentemente) pequenino e inofensivo que corrói sua cama enquanto você dorme.

Quero deixar claro que não estou falando de estagiários ou pessoas em início de carreira, pois esses são conscientemente incompetentes, o que é ótimo. Falo de pessoas com dificuldade de apreensão. Pessoas em que faltam assertividade e raciocínio lógico. Pessoas que não conseguem compreender as coisas em seu sentido amplo, mas que apoiadas na simples cronologia acreditam piamente que o tempo as tornou bons profissionais e seguem em frente deixando um rastro de confusões.

Esses inconscientemente incompetentes subvertem o que você diz, não conseguem entender o porquê de um pedido, acreditam piamente que coordenam enquanto bagunçam. E não raro se apóiam em simpatia e pseudocolaboração para cativar colegas enquanto os resultados de seu trabalho estão longe da eficácia.

Vade retro!

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