5 de março de 2013

Você Pergunta e a Gente Responde: Quero Ser Atendimento, Mas Nunca Trabalhei na Área

Kátia,
Acompanho seu blog e quero pedir uma orientação. Tenho 30 anos, me graduei em publicidade e propaganda em 2011 pela Universidade Anhembi Morumbi. Estou frustrado, pois não consegui até o momento atingir meu objetivo de trabalhar como atendimento publicitário. Quando ainda estudava, também não estagiei em agência. Não conheço ninguém na área que pudesse me indicar para alguma vaga. Já mandei currículo para inúmeras agências, mas a resposta padrão é sempre "no momento não temos nenhuma vaga disponível, assim que houver entraremos em contato com você".
É possível começar a carreira numa agência como assistente de atendimento com a minha idade? Qual a forma mais eficaz para conseguir uma entrevista, ou mesmo até um contato direto com alguém da área?

Danilo Felicio, São Paulo

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Danilo, obrigada por dividir comigo e com os leitores do blog os seus questionamentos.

Sabe, as pessoas costumam dizer que os profissionais de agência formam uma espécie de “panelinha”, favorecendo sempre os que pertencem àquele grupo. Óbvio que para qualquer posição que você almeje tudo fica mais fácil se alguém já conhece o seu trabalho, seja na publicidade ou em qualquer outra atividade. Entretanto, se você não é um bom profissional, será difícil alguém te indicar, mesmo sendo amigo. Num mercado em que todos conhecem todos, ninguém vai se queimar à toa, não é? Networking é importante, mas não é tudo. Outra coisa: não necessariamente as agências contratam quem já foi atendimento de agência para atuar no departamento. Há casos de profissionais oriundos do marketing de anunciantes que trazem para as agências uma importante visão sobre o outro lado do balcão. Conheço alguns. Se esse for o seu caso, isto é, se você é um executivo de comunicação ou marketing em empresa, use isso a seu favor para pleitear uma posição de atendimento publicitário.

A chave é exatamente essa: construa seu currículo de forma a mostrar as habilidades que você tem e que são úteis na função de atendimento, mesmo que você não seja (ainda) atendimento. Mas não envie seu currículo e ligue depois para saber se poderá se encaixar numa possível vaga. Faça diferente: ligue para os diretores de atendimento das agências, apresente-se e diga que quer abraçar a carreira de atendimento e gostaria de conversar a respeito, obtendo alguns conselhos e dicas, exatamente como fez aqui comigo. Tenho certeza de que muitos de meus colegas de profissão não te negarão um papo. Conseguindo um encontro presencial, prepare-se bem. Seja sincero (humilde), mas firme. Ouça muito. Só com isso, olha só quanto networking você estará fazendo. Essas pessoas vão te conhecer e, quem sabe, simpatizar contigo, gostar do seu jeito, da sua postura profissional e te dar uma chance ali mesmo ou te indicar para outra agência.

Danilo, como diz o ditado, um dia a gente é pombo, em outros é estátua. Não desanime.

4 comentários:

Bel Nascimento disse...

Olá Danilo,
Concordo com a Kátia na "estratégia" para contatar as agências. Não envie curriculum. Vá lá!!
Digo isso como alguém que já fez isso (e só assim conseguiu uma chance) e como contratante.
É importante o contato ao vivo. É assim que acontece a empatia, que vc consegue conquistar alguém.
Ligue para os atendimentos (mesmo que vc não os conheça), peça 20 minutos para tomar um café, vá bater um papo e vender o seu peixe.
Conte sobre sua experiência em outras áreas. Elas, com certeza, valerão de alguma forma para o atendimento.
Boa sorte!

DaniloFelicio disse...

Muito obrigado, Katia e Bel!

Bom saber que as área de atendimento e planejamento de agência são acessíveis também. Vou colocar estas dicas de vocês em prática.

Obeigado,

Atenciosamente, Danilo.

Eduardo Viana disse...

Gostei da dica. Ah, se eu tivesse lido isto há 20 anos... :-)

Alexandre Urpia disse...

Passo pela mesma situação do Danilo.
tenho 24 anos e apesar de já ter trabalhado na área como atendimento publicitário, sinto dificuldade de retornar ao mercado de trabalho na mesma posição. Talvez essa ideia de procurar e ligar seja boa, mas o medo de parecer inconveniente é grande. Será que os profissionais se consideram com tempo pra atender a quem está fora do mercado?
Tenho analisado a possibilidade de começar a investir nisso.