Raras vezes abre-se um novo posto que ninguém nunca ocupou. O mais comum mesmo é você ser contratado para substituir alguém que foi mandado embora ou que pediu demissão. Num mercado como o nosso, o turnover é grande e vira e mexe a gente é convidado a integrar uma nova equipe, numa nova casa.
Penso que para nós, Atendimentos, substituir um profissional é um superdesafio. Somos aqueles que estão na linha de frente e não tem jeito: o cliente tem que gostar da gente, do nosso jeito de trabalhar, tem que sentir firmeza. Isso é fundamental para construir a confiança – a base de relacionamentos de qualquer natureza.
Tem o melhor e o pior dos mundos.
O pior: quando você vai substituir o rei-da-cocada-preta. Como assumir o lugar de quem é admirado e em quem o cliente vinha depositando total confiança sem sentir um frio na espinha? Como estar à altura de tudo o que o ex construiu se você é diferente, tem seu jeito, seu estilo?
O melhor: quando você substitui alguém que não estava mais sendo, no entender da agência (e quem sabe até do cliente), o profissional ideal. Aí a situação parece mais confortável. Em tese, você já chega com uma baita vantagem. As pessoas anseiam pela substituição e não resistem à sua introdução no grupo.
Entretanto, não tem jeito. Só se começa do começo, mesmo pegando o bonde andando. Deu pra entender? Por mais contraditória que essa frase possa parecer.
A zona de conforto é sempre uma ilusão, seja quando você chegou com vantagem ou porque teve que penar para conquistar a confiança do cliente. Para ficar só num exemplo: imagine que aquele cliente que detestava o Atendimento que você veio a substituir, um dia também é substituído. E você vai ter que começar do zero. Da mesma forma, aquele cliente que estava difícil de conquistar também pode vir a ser substituído e começar do zero pode ser a melhor oportunidade para você se dar superbem.
Como disse Caetano Veloso: onde queres um lar, revolução.
3 comentários:
Boa reflexão, boa até pra gente colocar o pé no chão um pouco e compreender a realidade do mercado. Mas Deus queira que eu não tenha que substituir um Atendimento "rei-da-cocada-preta", pois espero que eu mesmo seja ELE. rsrs brincadeiras a parte, desafios fazem parte da vida, e com nós, Atendimentos Publicitários não seria diferente. Bjs Kátia. Parabéns sempre.
Farei dois anos de Atendimento Publicitário em Maio. Quando cheguei, como estagiária, não substituí ninguém, simplesmente criei mais a minha função, sendo que, já existiam 2 pessoas sendo 'TAMBÉM' o atendimento. O Legal foi não substituir ninguém, atender aos meus clientes, conquistar novos clientes, ser apresentada e aceita como o atendimento deles.
Quando eu sair, quero que o outro atendimento me veja como 'Rainha da cocada preta' sim, mas não quero que ela seja menor, e sim, que cresça, assim como eu cresci aqui dentro.
Os desafios existem sim, e nos temos sim que aceitá-los, mas de preferência da melhor forma possível.
Adorei o post, o blog.
;*
Fazer nossa parte é fundamental e sempre com o pé fincado no chão. O desafio é se posicionar e aprimorar as técnicas de relacionamento. Não pensando em ser o "Rei da cocada" e nem mais um na equipe. O crescimento se faz no dia a dia, no olho no olho e assim podemos fazer a diferença, com vem sendo provado isso! O melhor de tudo é conviver com as diferenças e assim lapidar o que o cliente precisa e aprender com ele, por quê não? Como você mesmo disse: a zona de conforto é perigosa pra gente. Desenvolver o relacionamento humano, na verdade essa é uma de nossas funções e claro, gerar recursos! Abração Kátia e continuo sempre a aprender contigo. Força sempre!!!
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