Estou em campanha para eleger Gal Barradas Profissional de Atendimento no Prêmio Caboré 2008.
Sem desmerecer os outros concorrentes, eu voto na Gal porque existe um diferencial muito importante que a coloca numa posição privilegiada. Ela tem trabalhado intensamente, e há bastante tempo, para o aprimoramento e a valorização da nossa função. Tem dado palestras, entrevistas e escrito vários artigos sobre Atendimento (veja um deles ao final desse post). Ajudou a formar a Comissão dos Profissionais de Atendimento da APP-SP e ali tem atuado ao lado de outros grandes profissionais de Atendimento promovendo cursos e buscando evidenciar o papel do Atendimento na dinâmica das agências e do mercado. Até mesmo junto às escolas de comunicação.
Por isso votar na Gal, pra mim, significa apoiar quem sabe ganhar
e devolver em dobro.
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EU NÃO QUERO SER “ATENDIMENTO”Publicado no Meio & Mensagem, 31 de outubro de 2005
Quando comecei a trabalhar em agências de propaganda, elas tinham paredes internas, os layouts eram feitos a mão e a internet ainda não existia. Mas já havia o conceito de comunicação integrada ou comunicação total. O mais inusitado era que o pessoal da criação mal falava com o do atendimento, e nem visitava o cliente. E o pior: todos, de todas as áreas, diziam que o profissional de atendimento era um cara especializado em carregar layouts.
Se você acha que eu estou escrevendo isso por saudosismo, esqueça. Estou escrevendo isso porque dinossauro que não evolui morre. E ainda bem que o atendimento evoluiu tanto que o pessoal da criação já fala com a gente e respeita (brincadeiras à parte). Claro que não fazem isso porque somos os mais simpáticos da agência, mas porque nós, profissionais de atendimento, evoluímos e ampliamos os nossos domínios, cravamos bandeiras em todas as áreas. Hoje somos mais respeitados porque somos melhores do que éramos.
Voltando ao titulo deste texto, eu pergunto: você acha mesmo que o nome “atendimento” representa bem o que o pessoal da nossa área faz? Claro que não! De acordo com o dicionário, atendimento é um substantivo masculino que quer dizer. 1. Ato ou efeito de atender. 2. Maneira como habitualmente são atendidos os usuários de determinados serviços.
Como podemos ver, o dicionário não diz “Profissional de agência de propaganda que tem como deveres: 1. Ser a interface do cliente com a agência. 2. Pensar na comunicação do cliente e ajudar no desenvolvimento do seu planejamento estratégico. 3. Se a interface com as mais diversas áreas da agência, discutindo estratégias de criação, de mídia, de promoção, de eventos etc. 4. Pensar, interferir, incomodar a tudo e todos, incomodar com o intuito de que o vírus da mesmice desapareça da agência, para surpreender o cliente”.
Companheiros, vamos mandar cartas aos editores dos dicionários brasileiros. Eles não sabem o que estão dizendo. Vamos fazer a nossa parte: incomodar. Incomodar criativamente. Incomodar com propriedade. Incomodar para que o mundo ande. Incomodar. É para isso que somos pagos.
Nós não queremos a criação satisfeita com o atendimento porque somos legais.; queremos a criação satisfeita porque fomos uma linha costurando o pano, uma cola que uniu os papéis. Nós queremos a criação satisfeita porque ela tem que ver em nós os insatisfeitos com a mesmice. Nós não queremos trabalhar em uma agência cuja criação se contenta em ser a melhor das iguais, nem inteiramente soberana, nem inteiramente submissa.
Nós queremos trabalhar em uma agência que quer o diferente, o melhor – para ela e para o cliente. Nós queremos a pole position, porque quem acha o segundo lugar bom, só pode estar no terceiro lugar ou mais atrás ainda. Temos de exigir isso da criação, do planejamento, da mídia, da produção, dos donos da agência, de todos.
Quanto aos clientes, é a mesma coisa. Não queremos clientes satisfeitos porque fazemos um happy hour no final do dia e conversamos sobre futebol e Fórmula 1. Queremos o cliente satisfeito por ter aprovado o melhor roteiro, o melhor layout, o melhor plano de comunicação, o melhor plano de mídia. Enfim, o melhor.
Finalmente, queremos os donos da agência felizes pelo aumento de verba, e por colocarem na parede cases que façam diferença no mercado. Aliás, falando em donos da agência, é também nosso trabalho, nosso dever e nossa meta incomodá-los. Incomodá-los sempre por melhores condições de pensamento. Melhores condições para que possamos incomodar melhor.
Queremos, sim, melhores salários, sem discriminação de área, porque nenhuma é melhor do que a outra. Mas queremos também tempo. Tempo para pensar, para refletir, tempo para incomodar. E quem tem 30 clientes em sua carteira não tem tempo nenhum.
Acabo esse artigo dizendo que o meu objetivo era incomodar. E se incomodei, cumpri o meu papel.
Gal Barradas, atendimento – com muito orgulho
Sem desmerecer os outros concorrentes, eu voto na Gal porque existe um diferencial muito importante que a coloca numa posição privilegiada. Ela tem trabalhado intensamente, e há bastante tempo, para o aprimoramento e a valorização da nossa função. Tem dado palestras, entrevistas e escrito vários artigos sobre Atendimento (veja um deles ao final desse post). Ajudou a formar a Comissão dos Profissionais de Atendimento da APP-SP e ali tem atuado ao lado de outros grandes profissionais de Atendimento promovendo cursos e buscando evidenciar o papel do Atendimento na dinâmica das agências e do mercado. Até mesmo junto às escolas de comunicação.
Por isso votar na Gal, pra mim, significa apoiar quem sabe ganhar
e devolver em dobro.
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EU NÃO QUERO SER “ATENDIMENTO”Publicado no Meio & Mensagem, 31 de outubro de 2005
Quando comecei a trabalhar em agências de propaganda, elas tinham paredes internas, os layouts eram feitos a mão e a internet ainda não existia. Mas já havia o conceito de comunicação integrada ou comunicação total. O mais inusitado era que o pessoal da criação mal falava com o do atendimento, e nem visitava o cliente. E o pior: todos, de todas as áreas, diziam que o profissional de atendimento era um cara especializado em carregar layouts.
Se você acha que eu estou escrevendo isso por saudosismo, esqueça. Estou escrevendo isso porque dinossauro que não evolui morre. E ainda bem que o atendimento evoluiu tanto que o pessoal da criação já fala com a gente e respeita (brincadeiras à parte). Claro que não fazem isso porque somos os mais simpáticos da agência, mas porque nós, profissionais de atendimento, evoluímos e ampliamos os nossos domínios, cravamos bandeiras em todas as áreas. Hoje somos mais respeitados porque somos melhores do que éramos.
Voltando ao titulo deste texto, eu pergunto: você acha mesmo que o nome “atendimento” representa bem o que o pessoal da nossa área faz? Claro que não! De acordo com o dicionário, atendimento é um substantivo masculino que quer dizer. 1. Ato ou efeito de atender. 2. Maneira como habitualmente são atendidos os usuários de determinados serviços.
Como podemos ver, o dicionário não diz “Profissional de agência de propaganda que tem como deveres: 1. Ser a interface do cliente com a agência. 2. Pensar na comunicação do cliente e ajudar no desenvolvimento do seu planejamento estratégico. 3. Se a interface com as mais diversas áreas da agência, discutindo estratégias de criação, de mídia, de promoção, de eventos etc. 4. Pensar, interferir, incomodar a tudo e todos, incomodar com o intuito de que o vírus da mesmice desapareça da agência, para surpreender o cliente”.
Companheiros, vamos mandar cartas aos editores dos dicionários brasileiros. Eles não sabem o que estão dizendo. Vamos fazer a nossa parte: incomodar. Incomodar criativamente. Incomodar com propriedade. Incomodar para que o mundo ande. Incomodar. É para isso que somos pagos.
Nós não queremos a criação satisfeita com o atendimento porque somos legais.; queremos a criação satisfeita porque fomos uma linha costurando o pano, uma cola que uniu os papéis. Nós queremos a criação satisfeita porque ela tem que ver em nós os insatisfeitos com a mesmice. Nós não queremos trabalhar em uma agência cuja criação se contenta em ser a melhor das iguais, nem inteiramente soberana, nem inteiramente submissa.
Nós queremos trabalhar em uma agência que quer o diferente, o melhor – para ela e para o cliente. Nós queremos a pole position, porque quem acha o segundo lugar bom, só pode estar no terceiro lugar ou mais atrás ainda. Temos de exigir isso da criação, do planejamento, da mídia, da produção, dos donos da agência, de todos.
Quanto aos clientes, é a mesma coisa. Não queremos clientes satisfeitos porque fazemos um happy hour no final do dia e conversamos sobre futebol e Fórmula 1. Queremos o cliente satisfeito por ter aprovado o melhor roteiro, o melhor layout, o melhor plano de comunicação, o melhor plano de mídia. Enfim, o melhor.
Finalmente, queremos os donos da agência felizes pelo aumento de verba, e por colocarem na parede cases que façam diferença no mercado. Aliás, falando em donos da agência, é também nosso trabalho, nosso dever e nossa meta incomodá-los. Incomodá-los sempre por melhores condições de pensamento. Melhores condições para que possamos incomodar melhor.
Queremos, sim, melhores salários, sem discriminação de área, porque nenhuma é melhor do que a outra. Mas queremos também tempo. Tempo para pensar, para refletir, tempo para incomodar. E quem tem 30 clientes em sua carteira não tem tempo nenhum.
Acabo esse artigo dizendo que o meu objetivo era incomodar. E se incomodei, cumpri o meu papel.
Gal Barradas, atendimento – com muito orgulho
Um comentário:
Muito bom o seu post! Devemos fazer isso, solucionar problemas, adequar verbas, estar em sintônia como toda a agência e acima de tudo: não acomodar! Continuemos com a batalha.... força sempre!
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